Tecnologia

Google quer bloquear anúncios 'incômodos' em seu navegador

A medida da Google, que está funcionando há algum tempo, poderia reduzir alguns anúncios publicados pela empresa e afetar o seu próprio lucro, mas de forma global tenta melhorar a experiência na web

Agência France-Presse
postado em 02/06/2017 13:14
Washington, Estados Unidos - A Google trabalha para bloquear anúncios publicitários "incômodos" em seu navegador, Chrome, como parte de um esforço mais amplo do setor para filtrar determinados tipos de mensagens de marketing que geram reclamações.

"Acreditamos que os anúncios on-line devam ser melhores, por isso participamos da Coalizão por Melhores Anúncios, um grupo da indústria dedicado a melhorar estes anúncios", disse em uma publicação de um blog Sridhar Ramaswamy, vice-presidente sênior da Google.

[SAIBAMAIS]"De acordo com a Coalizão e com outros grupos da indústria, planejamos que o Chrome deixe de mostrar nos sites os anúncios [incluindo os pertencentes ou publicados pela Google] que não cumprirem com os padrões de melhores anúncios no início de 2018".

A medida da Google, que está funcionando há algum tempo, poderia reduzir alguns anúncios publicados pela empresa e afetar o seu próprio lucro, mas de forma global tenta melhorar a experiência na web e desestimular que terceiros criem bloqueadores de anúncios, o que poderia ter um impacto ainda mais significativo.

Ramaswamy assinalou que os anúncios "incômodos" levam algumas pessoas a usar os bloqueadores que evitam todo o conteúdo publicitário, prejudicando os rendimentos dos criadores de conteúdo.

"A grande maioria dos criadores de conteúdo on-line financia o seu trabalho com a publicidade", declarou Ramaswamy. "Isso significa que querem que os anúncios publicados em seus sites seja convincentes, úteis e atrativos, que as pessoas queiram ver e interagir".

Mas assinalou que "é muito comum que as pessoas encontrem anúncios incômodos na web, como os que emitem música inesperadamente ou que obrigam a esperar 10 segundos antes de que se possa ver o conteúdo da página".

A Google é o membro fundador da Coalizão.

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