Tecnologia

Especialistas discutem técnicas para impedir ataques hackers a operadoras

Pela grande quantidade de usuários, empresas de telefonia brasileiras são vistas como uma boa oportunidade para novos negócios

Roberto Fonseca, Enviado Especial
postado em 19/10/2017 20:06
Miami ; Em um mercado que enfrenta fraudes globais que chegam a US$ 38 bilhões e que representam até 1,69% do faturamento das empresas de telefonia em todo o mundo, especialistas em detecção de ataques hackers discutem técnicas para barrar a ação criminosa. E as operadoras brasileiras, pela grande quantidade de usuários, são vistas como uma boa oportunidade para novos negócios. ;Mesmo em um mercado em crise e com a perda de usuários, uma operadora brasileira será sempre grande em termos mundiais. E estará sempre vulnerável a novos ataques;, diz Rui Paiva, CEO da WeDo Technologies, multinacional presente em 10 países, ligada ao grupo português Sonae, com escritórios em três cidades brasileiras: Florianópolis, Rio de Janeiro e São Paulo.

Entre os grandes desafios do trabalho de detecção de fraudes estão monitorar e tentar se antecipar às ações criminosas contra empresas e usuários. ;Toda vez que detectamos uma fraude, o primeiro passar é tentar eliminá-la. E é normal que essa gente toda (os hackers) ao ser descoberta tente migrar para uma nova forma de golpe;, completa Paiva. Desde a manhã desta quinta-feira (19/10), especialistas do setor de telecomunicações e representantes das maiores empresas de telefonia do mundo discutem o problema e trocam a experiências, em áreas em expansão no mercado global, como roaming de dados, créditos e cobrança em transações financeiras.

Para Ceres Megan, diretora de prevenção de fraudes e perdas da Telepacit Telecommunications, o mais importante é o tempo de resposta a um ataque hacker. ;Segundos fazem toda a diferença. Temos que reagir rapidamente, estarmos prontos para saber evitá-la e dar uma solução aos usuários e às empresas.; ;Com toda a expansão prevista com o advento do 5G e a integração de diferentes sistemas, vamos entrar em um outro segmento de mercado. E novos desafios estarão presentes à nossa frente para impedir fraudes virtuais;, comenta Antonio Vanni, vice-presidente de serviços digitais da Ericsson no Canadá

*O repórter viajou a convite da WeDo Technologies

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