Tecnologia

Facebook reconhece que redes sociais podem prejudicar democracia

"Agora estamos mais dispostos do que nunca a combater as influências negativas", disse Katie Harbath, chefe de políticas globais do Facebook

Agência France-Presse
postado em 22/01/2018 20:30

O Facebook reconheceu nesta segunda-feira (22/1) que o uso generalizado das redes sociais pode ser prejudicial para a democracia e se comprometeu a trabalhar para minimizar este risco.
"Agora estamos mais dispostos do que nunca a combater as influências negativas e a garantir que nossa plataforma seja uma fonte inquestionável para o bem-estar democrático", disse Katie Harbath, chefe de políticas globais do Facebook em um comunicado.

A declaração ocorre em meio a críticas persistentes à rede social por supostamente permitir o aumento da desinformação, reforçar as "bolhas informativas" e facilitar o assédio de dissidentes e ativistas.

O chefe de compromisso cívico do Facebook, Samidh Chakrabarti, indicou em um blog que a rede social foi "lenta demais para reconhecer como os maus atores abusam da plataforma" e que a companhia está "trabalhando diligentemente para neutralizar estes riscos".

A postagem de blog é parte dos esforços do Facebook para melhorar sua imagem. Na semana passada, a rede social anunciou que pediria a seus usuários para qualificar a confiabilidade das fontes, de modo a limitar o fluxo das chamadas "fake news" (notícias falsas).

"Embora seja um otimista de coração, não sou cego ante o dano que a internet pode fazer inclusive em uma democracia que funciona bem", disse Chakrabati.

Ele indicou que a rede social trabalha para equilibrar a abertura e transparência com os esforços para frear a manipulação, os discursos de ódio e a propaganda violenta.

"Controlar este conteúdo em escala global é um problema de pesquisa, porque é difícil para as máquinas entenderem as nuances culturais da intimidação política".

Chakrabarti destacou que várias organizações utilizam a rede social para educar. "Um tipo equivocado de transparência poderia pôr estes ativistas em perigo em vários países".

"Embora estejamos contratando mais de 10.000 personas adicionais este ano para trabalhar em segurança e proteção, é provável que isto continue sendo um desafio".

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