Tecnologia

Facebook age para evitar intercâmbio de planos de armas em 3D

'Compartilhar instruções sobre como fabricar armas de fogo usando impressoras 3D ou máquinas fresadoras controladas por computador não está permitido segundo nossas Normas Comunitárias', disse um porta-voz do Facebook

Agência France-Presse
postado em 09/08/2018 22:25
San Francisco, Estados Unidos - O Facebook assegurou nesta quinta-feira (9) que está iniciando ações para evitar o intercâmbio na rede social de planos para a impressão de armas em 3D, o que viola suas normas de produtos regulados.

"Compartilhar instruções sobre como fabricar armas de fogo usando impressoras 3D ou máquinas fresadoras controladas por computador não está permitido segundo nossas Normas Comunitárias", disse um porta-voz do Facebook em resposta a uma consulta da AFP.

"Em linha com nossas políticas, estamos eliminando esse conteúdo do Facebook", acrescentou.

A rede social acrescentou que está trabalhando em links para sites ou conteúdo sobre impressão de armas, que serão eliminados.

Proibir planos ou instruções para imprimir armas em 3D está de acordo com as regras da rede social sobre bens regulados, como as armas de fogo, que só podem ser vendidas e trocadas por distribuidoras autorizadas.

Na semana passada, um defensor dos direitos às armas nos Estados Unidos começou a se preparar para uma batalha legal com o objetivo de publicar online planos que permitam imprimir armas de fogo em 3D, enquanto a Casa Branca apoiou a decisão de um juiz federal de bloquear a iniciativa.

A Defense Distributed, empresa com sede no Texas de propriedade de Cody Wilson, divulgou brevemente os planos na Internet, mas o juiz federal de Seattle Robert Lasnik emitiu uma ordem judicial para retirar o material.

No mês passado, o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, havia dado permissão a Wilson para publicar nos planos, mas posteriormente a Casa Branca disse que o chefe de Estado não estava a par da decisão e que comemorava que estivesse sendo revista.

Oito estados americanos e o distrito de Columbia apresentaram uma ação, argumentando que os planos poderiam permitir a qualquer um - de um adolescente a um pistoleiro - fabricar armas de plástico impossíveis de rastrear ou detectar.

Wilson cumpriu a ordem do juiz, mas pediu apoio financeiro para a batalha legal que se aproxima, incluindo uma audiência programada para 10 de agosto.

Em entrevista à CBS News, ele disse acreditar que "o acesso às armas de fogo é uma dignidade humana fundamental. É um direito humano fundamental".

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação