Tecnologia

Aproximaçâo com Estados Unidos pode ajudar o Brasil

Segundo analistas, na guerra entre a maior potência do mundo com a China, as cadeias de fornecedores podem ser redefinidos

Paulo Silva Pinto - Enviado Especial
postado em 06/12/2018 09:09
foto da fachada de Qualcomm nos Estados Unidos
Maui - Cristiano Amon, presidente da empresa norte-americana da área de tecnologia Qualcomm, afirma que a tendência de aproximação diplomática com os Estados Unidos pode favorecer o Brasil.
Segundo analistas, na guerra entre a maior potência do mundo com a China, as cadeias de fornecedores podem ser redefinidos. Amon não dizer se isso acontecerá ou não, mas sugeriu que o Brasil pode se ganhar com a nova reorganização mundial.
O executivo ressalvou, porém, que o país só poderá aproveitar a oportunidade caso reduza as dificuldades para negócios no país, incluindo a carga tributária. "A competição do Brasil tem que ser com China e Índia. Não com países menores", explicou. "Na Índia temos sete mil pessoas trabalhando, e não é em call center; não, é em pesquisa", diz ele em bom português, em uma conversa com jornalistas brasileiros.
Nascido em Campinas (SP), formado em engenharia eletrônica na Universidade Estadual da cidade (Unicamp) ele é um dos principais executivos globais de origem brasileira hoje. Torcedor da Ponte Preta, faz questão de conversar com os três filhos em português. "Se falam comigo em inglês, eu não respondo", conta.
A Qualcomm é a maior produtora mundial de processadores eletrônicos, os chips que funcionam como coração dos celulares e outros aparelhos eletrônicos. Na útima terça-feira, a empresa lançou na ilha havaiana de Maui o processador 855, que será usado para a chamada internet das coisas, em que os aparelhos vão se comunicar entre si.

O repórter viajou a convite da Qualcomm*

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