postado em 19/01/2011 08:15
Imagine um lugar onde várias praias são desertas e outras, de difícil acesso. Nesse lugar, a natureza se encontra da mesma forma há mais de 500 anos. E, que até pouco tempo, somente os nativos e os surfistas forasteiros tinham o privilégio de conhecer esse paraíso. Pois bem, esse lugar existe: Itacaré, a pequena cidade da Costa do Cacau, na Bahia, aos poucos vem sendo desvendada por centenas de turistas do mundo inteiro. Itacaré à primeira vista é para gente jovem, aventureira, que adora esportes radicais, como rafting, tirolesa, escalada e surfe. É para uma garotada que não gosta de dormir, pois, para essa turma, descansar significa perder o tempo precioso de ferveção nessa cidade baiana. E bota ferveção nisso. Itacaré é jovem e tresloucada. Animada e alucinante. A vida noturna começa depois das 21h e não tem hora para acabar.
A Rua da Pituba é o ponto de encontro de todas as gerações, tribos e nacionalidades. Vira uma babel de gente desfilando na passarela colorida em busca de romances, amizades e agitos. E são várias as opções de uma boa balada: boteco tocando reggae, forró dançante noite adentro e raves com música eletrônica madrugada à beira da praia. No dia seguinte, a mesma galera está inteirinha curtindo as ondas radicais ou enfrentando uma correnteza em um rafting. Haja pique! Só mesmo com doses extras de açaí gelado e guaraná natural para dar conta da programação. Vida saudável é o lema dessa moçada.
Mas, se você não tem disposição para algo tão radical, não se preocupe. A viagem não está perdida. A cidade guarda inúmeras belezas naturais e culturais. Praias desertas cercadas de Mata Atlântica convivem com construções do período colonial e casarões do início do século 20. Para explorar esse cenário, desvende a região em uma caminhada leve pelas trilhas por dentro da mata. Entre nas cachoeiras e recarregue as energias. Permita-se apaixonar pela natureza e pelo lugar. Sinta o frescor das matas e admire o pôr do sol no Mirante das Pedras.
E, quando a noite cair, encontre nos restaurantes a convicção que Itacaré está entre os melhores lugares do mundo. As técnicas da cozinha internacional dão um sabor sofisticado aos pratos típicos baianos. Um deles, o Beco das Flores, é um bar-restaurante-café-boate delicioso de ir todas as noites. Além da comida, a decoração e a música são perfeitas.
História
A cidade de Itacaré teve sua origem numa aldeia de índios pataxós, onde o padre jesuíta Luis de Grã mandou construir, no início do século 18, uma capela ; que ainda está em pé ; sob a invocação de São Miguel. Tal povoado foi batizado como São Miguel da Barra do Rio de Contas, tornando-se município em 1732, inicialmente com o nome de Itapira e, posteriormente, Itacaré.
O cultivo do cacau, iniciado no fim do século 19, impulsionou o crescimento econômico de Itacaré, chegando mesmo a ser sua principal atividade. Porém, seu declínio fez Itacaré entrar numa lenta decadência. A construção da BR-101, na década de 1960, consolidou o processo de crescimento das cidades interioranas, sobretudo aquelas margeadas pela rodovia em questão. Itacaré não integrou-se a essa nova dinâmica, permanecendo em um certo isolamento, fato que, de certa forma, explica sua preservação.
Durante muitos anos, o difícil acesso (são 54km de estrada de barro e cascalho) manteve a cidade fora do tempo. A construção da BA-001, que percorre o litoral baiano, está fazendo com que a antiga cidadezinha se volte para o turismo.
Arquitetura histórica
Entre os atrativos históricos estão a Igreja de São Miguel, construída pelos jesuítas em uma parte alta da cidade para visualização da boca da barra, por onde as grandes embarcações entravam. A Casa dos Jesuítas, erguida na mesma época da igreja, tinha um túnel de ligação para que os padres fugissem dos ataques indígenas. Já os casarões, construídos a partir de 1900, no ciclo do cacau, dividem-se entre os sobrados, onde moravam os coronéis; as casas de porão alto, onde moravam os comerciantes e pequenos agricultores; e as térreas, que abrigavam pessoas de classe mais baixa. Uma raridade é o farol da Praia da Concha, que tinha a finalidade de orientar as embarcações de cacau. Dizem os antigos pescadores que se tornou o único farol quadrado do mundo.
De barco ou de lancha
O Rio de Contas nasce na Chapada Diamantina e percorre mais de 400km até a foz, em Itacaré. Navegando por ele de barco, lancha ou canoa, você pode encontrar mangues e lindíssimas cachoeiras no interior da mata. Uma delas, a de Cleandro, onde se chega depois de caminhar 10 minutos, fica dentro de uma fazenda com roça de cacau e criação de guaiamuns. Há três quedas lindíssimas com uma piscina natural ótima para banho acima delas. Na fazenda, existe um restaurante que serve tira-gostos e bebidas. Outra bela cachoeira é a do Tijuípe. Faz-se o acesso pela estrada parque que liga Itacaré a Ilhéus. Uma trilha curta e leve vai até a cachoeira, que tem cerca de 4m de altura por 15m de largura, com uma piscina natural deliciosa para banho.
Como ir
VOOS
Gol
Brasília ; Ilhéus a partir de R$ 429*.
TAM
Brasília ; Ilhéus a partir de R$ 452*.
PACOTES
CVC
3044-4646
Oito dias de duração. Inclui passagem aérea, traslados de chegada e saída e sete noites de hospedagem, com café da manhã.
Preço: a partir de R$ 1.860* por pessoa, em apartamento duplo. Valor para saída em 6/2.
Freeway Brasil
(11) 5088-0999
Cinco dias de duração.
Inclui passagens aéreas para Ilhéus (saindo de São Paulo), traslados de ida e volta para Itacaré, quatro noites de hospedagem com café da manhã, passeios para a Prainha e as praias de Resende, Tiririca, Costa, Ribeira, Jeribucaçu, Trilha da Usina e Cachoeira do Tijuípe, três lanches de trilha, guias locais especializados, seguro, assistência no embarque e kit de viagem.
Preço: a partir de R$ 1.424* por pessoa, em apartamento duplo.
Interline Turismo
(61) 3962-4000
Oito dias de duração. Inclui passagem aérea para Ilhéus, traslados de chegada e saída e sete noites de hospedagem com café da manhã.
Preço: a partir de R$ 1.218* por pessoa, em apartamento duplo.
* Todos os preços estão sujeitos a alterações.