Quando se fala em esportes de inverno, Whistler é citada como um dos melhores destinos do mundo. A cidade fica na região conhecida como Columbia Britânica, a apenas 130km de Vancouver. Trata-se de um dos resorts mais badalados do oeste canadense e se desenvolveu a partir do sonho de sediar as Olimpíadas de Inverno. Um desejo que ganhou forma ao longo dos últimos 50 anos e culminou com a realização de diversas provas nos jogos de 2010, como as de esqui cross-country, salto de esqui e biatlo, uma modalidade que combina esqui cross-country e tiro.
Partindo de Vancouver, de ônibus, o trajeto até Whistler demora duas horas, em média. O caminho é pela Sea to Sky Highway, algo como a ;Estrada do Mar para o Céu;. Logo que os prédios imponentes de Vancouver ficam para trás, avista-se a pitoresca vila de Horseshoe Bay, com suas casas brancas incrustadas nas montanhas. Acredita-se que, no passado, o vilarejo tenha sido ponto de encontro de pescadores e viajantes. Há quem diga que os melhores salmões da região são pescados ali até hoje.
A partir desse ponto, a viagem segue por uma paisagem cercada por água e montanhas, com picos cobertos de neve de um lado e, do outro, o Garibaldi Provincial Park, que alterna paredões rochosos com florestas densas de pinheiros. Do mapa, tem-se uma ideia de como o cenário foi esculpido pela natureza. Do lado direito, para quem sai de Vancouver no sentido Whistler, tem-se o Estreito Rainha Carlota, que divide a porção de terra onde estão a cidade de Victoria, ao sul, e Port Hardy, ao norte.
Whistler tem diversão para públicos variados. Esqui para iniciantes e experientes, ziptrek ;que os brasileiros chamam de tirolesa ;, restaurantes com o melhor da cozinha internacional e bares de tapas (petiscos espanhóis) quase sempre embalados por boa música. Paul Hawes, da Comissão Canadense de Turismo, explica que Whistler é um lugar de celebração. ;É onde se vive a vida intensamente, onde a sentimos vibrante;, resume.
De fato, a cidade é bem agitada. Por onde quer que você ande, vai encontrar gente a pé carregando uma prancha de snowboard ou um par de esquis. Adultos, crianças, jovens, idosos, não importa. As ruas estão sempre cheias de moradores e turistas com suas máquinas fotográficas e filmadoras.
Escorregadia
Mas nenhum passeio com temperaturas abaixo de zero e neve até o meio da canela será divertido com mãos e pés congelados. É imprescindível se certificar de que você usa roupas apropriadas.
Regra número 1: para se manter aquecido, não é preciso vestir várias peças, somente escolher o tipo certo. As meias devem ser de material sintético, como a lã, porque as de algodão, se ficarem umedecidas, vão congelar os seus pés. Por baixo da calça jeans, use uma calça térmica e, na parte de cima, blusa de manga longa do mesmo material. São peças finas e cômodas, que esquentam de verdade. Os sapatos devem ser confortáveis e impermeáveis. Mulheres, evitem o salto alto em qualquer ocasião. As ruas em geral são muito escorregadias e o risco de um tombo torna-se maior.
Como a cidade fica numa região bastante preservada, é comum os ursos darem o ar da graça no verão. Tanto que os administradores locais se encarregaram de espalhar placas pela cidade orientando sobre o que fazer se, de repente, você der de cara com o animal: não corra, fale baixo, afaste-se devagar e sem dar as costas para o urso etc. Difícil é saber se na hora ;h; é possível manter toda essa calma que se espera do bicho homem.
A jornalista viajou a convite da Comissão Canadense de Turismo
Bilhete importante
Para esquiar, você vai precisar de um bilhete que dê acesso aos teleféricos da estação. Os preços variam conforme a quantidade e dias em que você pretende ter acesso ao meio de transporte, sua idade e a temporada (média, alta ou baixa). Entre 31 de janeiro e 3 de abril, adultos pagam a partir de 177 dólares canadenses elo bilhete. Saiba mais em www.whistler.com/lift_tickets.