postado em 04/05/2011 08:04
Um museu imperdível no centro histórico de Bogotá contraria o ditado ;Nem tudo que reluz é ouro;: no Museo del Oro, 35 mil dentre as 55 mil peças trazem o brilho e a pureza desse metal. As 20 mil restantes são feitas em cerâmica, pedras, madeiras e conchas; há até múmias de civilizações pré-colombianas. Todo o acervo remete a culturas indígenas e pré-colombianas, como sinú, tairona, muisca, quimbaya, calima e tumacol.A história desses povos está dividida em quatro grandes salas de exposições permanentes, que podem ser visitadas em qualquer ordem: o trabalho dos metais (que descreve as técnicas de manufatura da metalurgia antiga); a gente e o ouro na Colômbia pré-hispânica (sobre a importância dos metais na organização política e religiosa dos povos); cosmologia e simbolismo (sobre temas místicos relacionados aos metais); e a oferenda (sobre as cerimônias religiosas dos povos nativos).
Além disso, se quiser aumentar a bagagem cultural, o turista pode visitar a sala chamada de Exploratório. No local, são organizadas exposições interativas, com vídeos e maquetes que representam aspectos da vida cotidiana de povos como os muiscas.
Dono de uma das coleções de ourivesaria mais importantes do mundo, o Museu do Ouro de Bogotá foi fundado em 1939 e reabriu as portas em 2008, depois de 10 anos de reforma. O prédio foi totalmente renovado e adaptado a uma narrativa de exposição permanente para mostrar aos visitantes, por meio de uma tecnologia de ponta, o ciclo completo dos metais nas antigas civilizações, desde a extração da terra até o momento em que eram oferecidos aos deuses.
A primeira etapa da remodelação foi finalizada em 2004, com a inauguração de um edifício, duas salas de exposições permanentes, loja, restaurante e auditório.
Lenda do tesouro
Na época da colonização das Américas, os índios narravam aos espanhóis a lenda do El Dorado, ou Eldorado. Os relatos eram sobre uma cidade cujas construções seriam feitas de ouro maciço, com tesouros em quantidades inimagináveis.