postado em 01/06/2011 10:02
Cusco foi a capital do império inca e atualmente serve como um dos pontos de partida para quem quer explorar Machupicchu. A cidade tem pouco mais de 400 mil habitantes e uma arquitetura singular, de casas e ruas com mais de 400 anos de história. Bem servida de hotéis, restaurantes, bares e lojas, tem uma noite eletrizante todos os dias da semana, com embalos que começam pouco depois das 22h e se estendem até os primeiros raios de sol. Os preços são bem compatíveis com os praticados no Brasil, sem exploração.Um cuidado diz respeito aos táxis. Tanto em Cusco quanto em todo o Peru eles não são controlados pelas autoridades. A maioria da frota é de carros bem antigos, importados do Japão. Alguns, verdadeiros milagres sobre rodas por ainda conseguirem se movimentar. A sugestão é chamá-los pela recepção do hotel ou do restaurante.
Outra dica: no Aeroporto de Cusco, muitos motoristas tentam convencer o passageiro de que o hotel reservado por ele é ruim. Por quê? Para fazer com que ele se hospede em algum lugar que dê comissão ao taxista. Não caia nessa. Pesquise bem sobre o hotel ou albergue antes de viajar e mantenha-se firme caso haja a tentativa de persuasão.
Como no resto do país, os veículos não têm taxímetro e o preço da corrida deve ser combinado antes. Geralmente, são bem mais baratos que no Brasil.
Mercado
A nordeste de Cusco, o Vale do Rio Urubamba é conhecido como Vale Sagrado dos Incas. Lá estão, nas alturas (sempre acima de 2 mil metros), pueblos (povoados) e diversas ruínas de santuários, fortalezas e outras construções de pedra, de diferentes épocas dos incas. Há também muitas fazendas e camponeses na lida diária. O nome Vale Sagrado se explica porque a terra é extremamente fértil, uma bênção para os ingredientes e os pratos mais fartos.
Para os povos pré-colombianos, esse foi um dos principais pontos de produção agrícola pela riqueza de suas terras e, até hoje, é o lugar onde se produz o melhor grão de milho verde (choclo) no Peru. As paisagens são espetaculares, com picos nevados, vales e aldeias rodeadas de plantações em terraço, uma técnica de irrigação avançada herdada dos incas.
Os principais centros de interesse no Vale Sagrado são Pisac (o mercado e as ruínas), Ollantaytambo e Chinchero. Os melhores dias para ir a Pisac são domingo, terça e quinta-feira, quando o mercado índio está funcionando.
Pisac é uma cidadezinha conhecida não só pelo mercado de artesanato, como também pelo complexo arqueológico, o mais importante do Vale Sagrado. É possível, de táxi, chegar até Quanchisraquay, um ponto relativamente elevado das ruínas, com uma das mais belas vistas do Vale Sagrado.
Tecelagem
Já em Chinchero, a 28km de Cusco, há uma cooperativa que visa resgatar e manter técnicas tradicionais de fiação praticadas pela população nativa do Vale Sagrado, com tingimento e tecelagem de lãs de lhama ou carneiro.
Você poderá ver artesãos de diferentes comunidades andinas executando as diversas fases da produção de tecidos, sempre muito coloridos. A cidadezinha conserva um sítio arqueológico inca. No entanto, compensa conhecer Chinchero não apenas pelas paisagens do Vale Sagrado no caminho, que por si só valem a visita, mas pela arquitetura em adobe e pelo mercado de artesanato, mais rústico que o de Pisac. Em ambas as cidades, os preços são mais em conta do que os cobrados em Cusco. (AD)