Turismo

Complexo turístico do Xingó proporciona visão de belas paisagens

postado em 08/06/2011 08:53

; Elizabeth Colares

De todos os passeios no complexo turístico do Xingó, o dos cânions do São Francisco talvez seja o mais emocionante. O embarque e o desembarque são feitos em um ancoradouro no Karranca;s, o primeiro restaurante flutuante do Nordeste, em Canindé de São Francisco (SE). A partir daí, uma enxurrada de sensações toma conta do passageiro.

A embarcação ; catamarã ou escuna ; parte e logo atinge 13 nós por hora (21km/h). A riqueza do passeio é tanta que há até certo ciúme entre os habitantes de Sergipe e Alagoas, mais precisamente das cidades de Piranhas e Canindé. Isso se explica porque o rio banha essas cidades e o trecho navegável está ora em um estado, ora em outro. O embarque, por exemplo, é em águas sergipanas. O auge do passeio, a Gruta do Talhado, fica em Olho d;Água do Casado, em Alagoas.

Do ponto saem viagens várias vezes ao dia, de terça-feira a domingo, com duração de três horas e ingresso de R$ 50 e R$ 25 (crianças). O público mais frequente é formado por estudantes (50%), principalmente das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, que fazem do passeio uma aula geográfica, cultural e histórica. E cerca de 15% são idosos, conforme o capitão Aragão, da MF Turismo, que conduz a embarcação.

A bordo do catamarã e confortavelmente alojados, os turistas desfrutam da vista desde o início (com Alagoas à direita e Sergipe à esquerda). Depois de zarpar e feitas as devidas apresentações da tripulação, o capitão começa as explicações sobre o que se vai ver. Tudo isso ao som de músicas regionais e enquanto são servidas bebidas geladas e tira-gostos quentinhos, como os churrasquinhos de bode ou de cordeiro.

Os passeios têm duração de três horas e os turistas podem optar pelo catamarã ou pela escuna: acima, a Gruta do Talhado, em AlagoasAs partes do rio que antes abrigavam maravilhosas quedas d;água deram lugar aos cânions, depois que a região foi inundada em função da construção da Usina Hidrelétrica de Xingó. Aliás, a construção da usina foi uma das mais baratas do mundo, por não ter precisado de concreto para erguer os paredões, já prontos na região. Os cânions, formados por um vale profundo, com 65km de extensão, 120m de profundidade e largura que varia de 50m a 300m, apresentam rochas de granito avermelhado e cinza na encosta. Várias formações também chamam a atenção, como a Pedra do Gavião e o Morro dos Macacos.

Quanto mais se avança no rio, mais difícil fica escolher a visão mais bela. E é impossível esquecer o momento em que, ao som de Carruagens de fogo, avista-se o Paraíso do Talhado, depois de uma curva à direita, em que se deixa o curso principal do rio e rumo a um de seus braços. Nessa hora, faz-se um silêncio e pode-se ouvir os suspiros e os flashes das câmeras.

Uma pequena plataforma volante logo é avistada, e os passageiros podem descer, desfrutar de um mergulho nas águas do rio e ainda comprar artesanato em uma barraquinha. Depois de lavada a alma, é hora de voltar para o ponto de partida, o Restaurante Karranca;s.

Pitu
Depois de desembarcar, é hora de matar a fome. Surge a curiosidade acerca dos pratos típicos. Com serviço de self-service, a R$ 28 por pessoa, o restaurante oferece pratos à base de peixe, pitus (camarões de água doce) e feijoada de canoeiro. Uma variedade de carnes com nomes incomuns faz querer experimentar um pouquinho de cada. Impossível, claro.

Aberto há 16 anos, o Karranca;s deixou de ser lanchonete para virar restaurante. No início, atendia 90 pessoas por dia. Hoje, o lugar tem capacidade para servir até 250 clientes simultaneamente e um total de até 1,7 mil por dia.

Do lado de fora, a área para banhistas tem uma estrutura confortável e ainda dispõe de equipamentos para aluguel, como caiaques, roupas para mergulho, pés de pato e coletes salva-vidas. Para completar a diversão, o turista pode se arriscar na tirolesa, que leva direto para a água, tudo com as devidas proteções de segurança.

A jornalista viajou a convite da revista Turismo & Negócios e da TAM

Leia a reportagem completa na edição de hoje do caderno de Turismo do Correio Braziliense

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