postado em 07/09/2011 18:43
Há 26 anos, a bióloga Vera Lúcia de Oliveira luta para proteger bichos-preguiça que, de uma forma ou outra, sofreram por conta da cobiça do homem. São animais apreendidos por fiscais do Ibama e por policiais. Há até alguns doados por pessoas que um dia quiseram ter um deles como mascote. Vera se autodenomina ;mamãe de todos os bichos-preguiça da Bahia;, e, por extensão, do Brasil.
Seu ambiente de trabalho é a Reserva Zoobotânica Matinha, dentro do câmpus da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), na estrada entre Ilhéus e Itabuna. Lá, existem quase 30 animais, entre os comuns e os de coleira, alguns em cativeiro provisório (os mais doentes ou feridos) e a maioria pendurada nas árvores ao redor ou agarrada na bióloga (e cada adulto pesa cerca de 3kg). No dia em que recebeu o Correio, Vera carregava dois exemplares: um deles perdeu as garras ao tomar um choque na rede de alta tensão em um subúrbio do Recife e foi enviado à reserva para tratamento. Pelo jeito como se agarra ao corpo dela, parece não querer sair mais.
Há 19 anos, Vera Lúcia começou a recolher os bichos feridos. Eles eram levados por fiscais do Ibama e da Polícia Ambiental para sua casa. Em 1996, a convite da Ceplac, instalou seu centro na Reserva Matinha. Não é surpresa entrar em seu escritório e dar de cara com um dos animais instalado em cima de uma prateleira ou em locais mais improváveis. Totalmente desprovida de modéstia, Vera diz que já perdeu a conta de quantos bichos salvou da morte quase certa e das palestras que faz em universidades e escolas. ;Também tive matérias sobre o meu trabalho publicadas em revistas e jornais da França, da Bélgica, da Alemanha e da Inglaterra. Esses são os países de que me lembro, mas deve haver mais.;
Para demonstrar que sua popularidade atravessa fronteiras, ela mostra um bicho-preguiça de pelúcia, enviado de Londres por um inglês que visitou a reserva há poucos meses e, claro, ficou embevecido com sua luta. ;Isso é coisa de gringo;, brinca Vera, acariciando o boneco. (AD)
VOO DIRETO ENTRE BRASÍLIA E ILHÉUS
O mais novo trecho operado pela Avianca é Brasília-Ilhéus. Segundo o vice-presidente comercial e de marketing da companhia, Tarcísio Gargioni, o voo será direto e diário, com saídas da capital federal às 12h09 e chegada às 13h50 no município baiano. A volta é às 16h43, com pouso em Brasília às 18h15. A aeronave, um MK-28, tem capacidade para 100 pessoas. ;A capital é ponto de conexão para muitos outros voos, e o horário permite ao viajante sair do hotel com tranquilidade no horário de check out;, explica o executivo.