Ana Maria Campos
postado em 09/11/2011 11:17
Nova York literalmente sacudiu a poeira. Da tragédia, surgiu um novo ponto turístico a ser explorado. Inaugurado no dia em que familiares prestaram uma homenagem aos 2.976 mortos nos 10 anos dos atentados ao World Trade Center, o Memorial do 11 de Setembro é um lugar imperdível num roteiro de visitação à Big Apple. Trata-se de duas fontes construídas no Marco Zero exatamente no mesmo perímetro das Torres Gêmeas, em Lower Manhattan.
No parapeito de bronze dos espelhos d;água, há o registro de todos os nomes das vítimas escritos em letras vazadas, por onde a luz passa à noite. O efeito é como se cada um deles estivesse brilhando. Em volta do memorial, há uma bela arborização. Tudo foi concebido como um ambiente para reflexão dos nova-iorquinos e também de gente do mundo inteiro que circula por ali.
As instalações, com cascatas internas permanentes de 30m de altura, simbolizam a saudade infinita dos que se foram. O espaço parece um tanto mórbido para quem vai a Nova York a fim de se divertir, mas importante para a história do século 21. Não deve ser desprezado. Num paralelo, é um local como o Cemitério de Arlington, na cidade de Washington, onde estão enterrados todos os veteranos das guerras dos Estados Unidos.
As visitas ao Memorial do 11 de Setembro são gratuitas, mas precisam ser agendadas pelo site oficial (www.911memorial.org). A autorização para passar 15 minutos no local é disputada. No primeiro dia de marcação, o sistema registrou 42 mil pedidos de passe para visitação. Convém reservar com antecedência mínima de um mês.
Em setembro de 2012, será aberto o Museu do 11 de Setembro, no subterrâneo. No acervo, fotos das vítimas, depoimentos de amigos e familiares, além de objetos recuperados nos escombros. Também há vídeos, pedaços de concreto e até o que sobrou de um caminhão do Corpo de Bombeiros. Um dos símbolos mais impressionantes são dois tridentes de aço enferrujado pelo fogo que foram resgatados de uma das torres e ficam expostos bem na entrada do museu. Em 2014, o complexo do World Trade Center volta a ter o prédio mais alto de Nova York, com a inauguração da Freedom Tower (Torre da Liberdade). O arranha-céu, com 541 metros, será ainda mais alto do que as Torres Gêmeas. O tamanho do prédio ; 1.776 pés ; é uma homenagem ao ano da independência dos Estados Unidos.
No topo
O casal marca um encontro do topo do prédio sem ter certeza de que o grande amor vai aparecer. Ele chega, espera e aprecia uma vista deslumbrante da cidade com luzes brilhantes. O roteiro de Tarde demais para esquecer (An affair to remember, no título original) transformou o observatório do Empire State Building em ponto de visita obrigatório.
Quem não assistiu ao filme estrelado por Cary Grant e Deborah Kerr na década de 1950 provavelmente viu Sintonia de amor, com Tom Hanks e Meg Ryan. Uma espécie de remake, a comédia romântica também eternizou o topo do arranha-céu como ponto de encontro de casais apaixonados.
Mesmo que seja ;apenas; para apreciar o visual, vale muito a pena subir no Empire State. O observatório fica no 86; andar e, num dia de boa visibilidade, é possível enxergar a uma distância de 130km. Até a construção das Torres Gêmeas, o prédio com 102 andares era o mais alto de Nova York. Com o atentado de 11 de setembro de 2001, a edificação voltou a ter o título temporariamente, até que a torre One World Trade Center (anteriormente conhecida como Freedom Tower) seja concluída, em 2014.
Sem tamanha tradição, o Top of the Rock, no Rockefeller Center, tem também uma vista panorâmica de 360; imperdível de NY, com pelo menos uma vantagem: de lá é possível ver o Empire State Building, um espetáculo à parte com a iluminação noturna. Também há um motivo para optar pelo Top of the Rock, caso seja necessário escolher entre um dos dois observatórios: as filas são menores.
Trabalho vencedor
O projeto do arquiteto Michael Arad e do paisagista Peter Walker foi selecionado em 2004, num concurso internacional no qual foram inscritas 5,2 mil propostas de recuperação do complexo do World Trade Center. Arad nasceu em Israel, e Walker, nos Estados Unidos.
A jornalista viajou a convite da X-Mart, American Airlines, NYC & Company e dos hotéis The Surrey e Mandarin Oriental
AONDE IR
Complexo do Rockefeller Center
www.rockefellercenter.com
Entre a 5th e a 7th Avenue, e a 47th e a 52th Streets.
Empire State Building
www.esbnyc.com
5th Avenue, 350, esquina com a 34th Street.
O LUGAR DAS PECHINCHAS
É impossível ir à região do Marco Zero sem dar uma escapada na Century 21, a loja de departamentos que ocupa um quarteirão só com artigos de marcas famosas ; Dolce, Michael Kors, Prada, Armani, Versace, Marc Jacobs, Ralph Lauren e Calvin Klein, entre outras ; a preços de pechincha. Fica na 22 Cortland Street. Uma segunda loja da rede acaba de ser inaugurada em Manhattan, em frente ao Lincoln Center, na parte oeste de Manhattan. Em ambas, encontram-se produtos com mais de 70% de desconto. Não é, no entanto, um local para quem gosta de lançamentos do mercado dos Estados Unidos. Mas dá para encontrar uma bolsa, um sapato, uma camisa social ou um vestido vendidos como novidade nas lojas brasileiras badaladas.