postado em 23/11/2011 12:23
Designado em 1978 Reserva Mundial da Biosfera pela Unesco, o Parque Nacional Torres del Paine apresenta uma das mais fantásticas paisagens da América do Sul. Com extensão territorial semelhante à da Suíça, o parque é o ponto alto da viagem à Patagônia chilena. Em meio ao acidentado relevo, lagos com diferentes tonalidades de azul despontam na reserva e refletem as montanhas cobertas de gelo.
As excursões para Torres del Paine costumam sair cedo de Puerto Natales, antes das 8h. Dica: deixar o sono de lado e aproveitar cada segundo da viagem de 112km de ônibus até o portão de entrada do parque nacional. A estrada é boa, e quase todo o trecho, percorrido próximo à fronteira com a Argentina. O terreno é plano e arenoso na maior parte do caminho, coberto por uma vegetação rasteira.
Depois de percorridos 20km desde o centro de Puerto Natales, surge o primeiro local de parada: o Cerro Castillo, vilarejo na fronteira com a Argentina. O dia promete ser longo, com muitas novas paisagens para conhecer. Por isso, a opção é permanecer do lado chileno. Os turistas tomam um café ou um chá para se aquecer em uma loja de suvenires, que também funciona como casa de câmbio. Ainda faltam 92km para o parque.
Rasantes
Ao longo do percurso, há diversas paradas para fotos. Na primeira vez, observa-se um casal de ñandús, uma espécie de avestruz dos pampas. Mais à frente, um condor, pássaro visto com frequência em voos rasantes pelo céu patagônico.
O que chama mais a atenção, porém, são os guanacos, as lhamas da Patagônia. No começo, são poucos e distantes. À medida que o Parque Torres del Paine se aproxima, a quantidade aumenta. Os animais são bonitos, cobertos por uma lã de cor caramelada e branca. Embora pareçam simpáticos, podem atacar caso se sintam ameaçados.
Ainda no trajeto, uma nova parada para fotos. Uma cerca separa a rodovia de uma fazenda, onde a vista é composta pela vegetação rasteira, pelo Lago Sarmiento e, ao fundo, por montanhas cobertas de neve, mas com nuvens à frente.
Antes de chegar à portaria do parque, 15 minutos para observar, à direita do trajeto, a Laguna Amarga. O reflexo das montanhas imprime uma coloração diferente à água da lagoa, que fica parcialmente encoberta por uma coloração cinza, refletindo a rocha e o gelo. Vale a pena parar e observar a paisagem.
[SAIBAMAIS]Quatro horas depois de sair de Puerto Natales, finalmente avista-se a placa ;Parque Nacional Torres del Paine ; Bienvenido;. Mais 15 minutos de ônibus e o primeiro passeio será no Maciço Azul. Inicia-se uma caminhada que parece levar a lugar nenhum ; há somente morros ao fundo ; e, no fim da trilha, uma curva para a direita. Um visual deslumbrante. Abaixo, está o Lago Pehoé e, ao lado, uma nascente que se transforma em uma espécie de cachoeira e deságua o líquido azul-turquesa em um corredor formado entre os morros, antes de a água chegar ao lago. (DA)