Ricardo Daehn
postado em 30/11/2011 22:05
Para entender o Canal do Panamá, é preciso voltar alguns séculos na história. Já no tempo das grandes navegações, nos séculos 15 e 16, percebeu-se que seria possível encurtar o caminho das viagens marítimas caso houvesse um atalho ligando o Oceano Atlântico ao Pacífico. Mas, para que o plano fosse concluído, foi necessária a força de mais de 75 mil trabalhadores. Desse total, 25 mil morreram devido às doenças e aos deslizamentos, até que, em 1914, as obras foram concluídas.
A primeira tentativa foi dos espanhóis, que pensavam em construir uma linha férrea conectando as duas extremidades, em 1523. O projeto fracassou e deu lugar à tentativa da construção do canal pelos franceses, em meados de 1870. Mas eles também não tiveram sucesso.
Pelas mãos dos americanos, após a independência do Panamá, que era antes ligado à Colômbia, a construção ganhou uso. O cálculo da quantidade de terra retirada na obra do canal é impressionante: caso ela fosse distribuída em vagões emparelhados, seria possível dar a volta ao mundo quatro vezes.
O acesso ao visitante, restrito a um dos pontos em que há eclusas, é facilitado pelas autoridades panamenhas. O local dispõe de toda a infraestrutura necessária para receber os turistas. Há um grande estacionamento, um caixa para a compra de bilhetes (US$ 8 por pessoa) e um mirante que permite ver os portões e os diferentes níveis da água, além do momento mais espetacular: o da passagem dos navios. Na saída, há uma loja de suvenires, uma sala de vídeo e um museu.
Enquanto os visitantes esperam a passagem das embarcações, há um áudio, em espanhol, com informações curiosas e alguns detalhes, como a quantidade de navios que passam a cada ano ; 14 mil ; e o preço médio cobrado para cada um deles atravessar (de US$ 60 mil a US$ 300 mil). (JB)
Engenharia hidráulica
Eclusas são as áreas em que o canal é dividido. Em cada margem, são fixados portões que ;seguram; a embarcação enquanto se eleva ou se reduz o nível da água para que os veículos atravessem sem solavancos.