Turismo

Aproveite a visita ao México para entender mais sobre a civilização antiga

postado em 28/12/2011 10:00
O Museu Nacional de Antropologia equivale a uma aula completa sobre as civilizações perdidas ao longo dos séculos. Totalmente mexicano (no design e nas coleções que comporta) o espaço foi desenhado por Pedro Ramírez Vazquez, o mesmo arquiteto a traçar as linhas do Estádio Azteca e da nova Basílica de Guadalupe. Ele buscou inspiração na cidade de Uxmal, um sítio histórico na Península de Yucatán, para criar um prédio monumental ; cheio de vãos que se comunicam ; e um jardim rodeado por um lago de carpas. Mas é do lado de dentro, percorrendo as 12 galerias, que o passeio aprazível se transforma em um retorno à América virgem, antes da invasão pelas culturas europeias.


Povo desconhecido dos brasileiros, os olmecas são o grupo étnico mais antigo no mosaico das civilizações que habitavam o continente antes da chegada dos espanhóis, encontrados no território mexicano desde 2220 a.C. As esculturas retratam influências de múltiplas culturas: pés e perfis retratados, bem como feições de homens negros moldadas nas pedras, por exemplo, trazem semelhanças com as figuras representadas na arte egípcia.


Esses e outros são indícios de que a civilização travou contato com outras pelo mundo. Os olmecas reproduziram, em rochas, cabeças colossais, com capacetes e brincos. Os corpos dos criadores de tais esculturas nunca foram encontrados e até hoje não se sabe como essas pedras gigantescas foram transportadas até La Venta, no estado de Tabasco.


O acervo do povo mais emblemático que já viveu no território mexicano, os astecas ; ou mexicas, como eles mesmo se denominavam ;, ganhou a sala central do museu. Ali, está a Pedra do Sol, frequentemente citada como o calendário adotado pela civilização. A réplica do cocar usado pelo imperador asteca Montezuma, feito de penas da ave multicolorida Quetzal, típica da América Central, enfeita uma parede (o original está na Áustria).

Deuses

Coatlicue é, na mitologia asteca, a deusa da vida e da morte, mãe dos deuses, da lua e das estrelas. Metade humana, metade animal, tinha a cabeça alargada de serpente e não possuía ombros. De seu tronco, saem quatro mãos, dois corações e um par de seios. A saia é coberta por serpentes e os pés se assemelham aos de uma águia. Na cultura asteca, a deusa dos deuses faz referência às serpentes porque o adorado animal encerra uma dubiedade: é capaz tanto de matar quanto de carregar o antídoto da morte.


Xipe Totec era o deus da primavera e inspiração para rituais cruéis. Homens e mulheres vivos tinham sua pele arrancada para cobrir essa entidade, símbolo da vegetação, que todos os anos se renova e cobre a terra. Uma maquete reproduz o antigo mercado, com seus mais de 30 comerciantes, e até a milenar Tenochtitlán ; capital dos astecas, hoje debaixo da Praça do Zócalo ; é recriada em seu esplendor. (MM)

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