Turismo

Visita a destilaria mostra como se faz a típica aguardente de maçã

Cida Barbosa
postado em 04/01/2012 09:10
Um dos orgulhos normandos é o calvados, uma aguardente extraída das maçãs do Pays d;Auge, reputadas como as melhores do mundo. A bebida, que só pode receber esse nome se for produzida naquela região específica e de acordo com as exigências da legislação francesa, é servida como aperitivo ou no meio de uma grande e chique refeição. Na destilaria P;re Magloire, o turista tem a opção de fazer uma visita completa, com direito a conhecer o Museu do Calvados, aprender o processo de preparação da aguardente e, no fim, degustar os produtos.

O museu guarda objetos usados pelos artesãos desde 1821, data da fundação da destilaria: do engenho ; puxado por bois ou cavalos e onde a maçã era esmagada ; ao aparelho que pressionava o purê produzido e extraía o suco, chamado sidra. O líquido seguia então para a fermentação (num processo totalmente natural, uma das exigências para a produção do calvados) e destilado. Naquela época, era possível processar até duas toneladas de maçã por ano. Hoje, com equipamentos modernos, introduzidos há cerca de 30 anos, são 250 toneladas.

Uma das atrações da destilaria é o local onde ficam os enormes barris de carvalho, que acondicionam a bebida durante o processo de envelhecimento. Os maiores comportam 39 mil litros. A cada dois dias, uma amostra é levada ao laboratório para que a qualidade do produto seja testada.

Fondue
A visita a P;re Magloire custa 3 euros, com direito a degustação de calvados de até 20 anos. Por 10 euros, a pessoa pode experimentar as bebidas mais envelhecidas.

Após deixar a destilaria, a pedida é almoçar no restaurante em frente, o Les Tonneaux du P;re Magloire. O local, que existe há sete anos, tem mesas e cadeiras colocadas dentro de grandes tonéis, um charme só. Os garçons usam trajes típicos normandos.

Para comer, a dica é o fondue com um ou três tipos de queijo (de 16,90 euros a 19,90 euros). Também vale muito a pena a tarte leontine, uma massa folhada, com cebola e maçã, recheada com três queijos e peixe, entre outros ingredientes). Sai por 9,90 euros. Após a refeição, deve-se experimentar o café normando. Mas atenção: quem não consome álcool pode não gostar. A receita leva, além do grão, claro, calvados (o gosto é bem forte), chantili e cacau. Custa 5,60 euros. (CB)

Frutados ou amadeirados
Há três tipos de calvados. Depende da quantidade de destilações a que são submetidos (uma ou duas) e da inclusão (ou não) de 30% de pera. Os frutados, com cerca de dois anos, têm teor alcoólico forte e são recomendados para antes das refeições. Os mais velhos, bem amadeirados, para depois da sobremesa.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação