Turismo

Seychelles, Quênia e Bahamas apostam nos turistas brasileiros

postado em 23/03/2012 17:25
São Paulo - Os viajantes mais atentos às tendências devem ficar atentos a três nomes em 2012: Bahamas, Seychelles e Quênia. Participantes do 37; Encontro Comercial da Associação Brasileira de Operadoras de Viagem (Braztoa), os países enviaram representantes para mostrar como os brasileiros poderão conhecer esses lugares mais facilmente em breve. O evento, que começou ontem (22/3) e termina hoje (23/3), reúne 71 associados da entidade -- entre operadoras, empresas de representação e de assistência de viagem -- e 26 destinos nacionais e internacionais.

Seychelles, um conjunto de 115 ilhotas a leste da África, em meio ao calmo e esverdeado Oceano Índico, ganhou maior exposição na mídia depois que o casal formado pelo príncipe William e pela plebeia Kate Middleton curtiu a lua de mel por lá, em 2011. A novidade é que a oferta de voos entre a América do Sul e e o arquipélago se tornou maior no último ano. Para falar disso e do desejo de promover o local entre operadores de viagem, o país participou do encontro pela primeira vez.

"Agora, é possível ir via Dubai (pela Emirates Airlines) e Doha (pela Qatar Airways). Dá para chegar em menos de 24 horas", explica David Germain, diretor (para a África e a América) do Escritório de Turismo de Seychelles. A Emirates tem 11 voos semanais para o arquipélago, enquanto a empresa de Catar soma sete frequências semanais. "Antes, a única rota possível era São Paulo/Joanesburgo (África do Sul)/Seychelles, feita pela South African Airways", lembra.

O mercado turístico local mira nos casais em lua de mel e mostra que, além de dispor de hospedagens românticas -- tanto pousadas quanto resorts de redes hoteleiras internacionais --, oferece atividades como vela, pesca e caminhadas na natureza. Ainda aposta nas semelhanças com o Brasil, embora as línguas oficiais sejam bem diferentes (inglês, francês e créole). "Somos loucos por futebol, e 90% da população torce pelo Brasil na Copa. Também adoramos uma comida bem temperada", ressalta Germain.

Safári
Também na África, o Quênia segue estratégia semelhante à de outros países: buscar novos mercados -- entre eles, o brasileiro -- para compensar a queda no número de visitantes vindos da Europa e dos Estados Unidos. Também estreantes no evento, os quenianos fizeram contatos com operadores de turismo para fechar novos pacotes, levando em conta que os associados da Braztoa são responsáveis por 90% dos roteiros vendidos hoje no Brasil.

Os números estão na ponta da língua: 40 reservas naturais, 1.137 espécies de pássaros, 365 de borboletas e 80 de mamíferos se revelam aos olhos de quem vai ao país para fazer safáris. "São parques muito preservados. O que é selvagem tem de permanecer assim. Não se mata nada", enfatiza Jonathan Mbiyu Koinange, diretor de marketing do conselho de turismo do país. Animais como crocodilo e avestruz até estão na dieta local, ele conta, mas só porque esses bichos são criados especificamente para corte.

"Para completar, o Quênia também tem praias lindas no Oceano Índico. É uma boa maneira de fechar a visita", continua Koinange. Atualmente, é possível viajar para o país africano via Joanesburgo (África do Sul), Amsterdã (Holanda), Roma (Itália), Istambul (Turquia) e Dubai (Emirados Árabes Undos).

Marítimo
Depois de um hiato de quatro anos, o arquipélago caribenho das Bahamas volta ao encontro comercial em São Paulo com uma combinação sedutora à classe média: hospedagem variada, mar tranquilo, boas compras (em especial de peças em couro, relógios, joias e perfumes) e vida noturna intensa. "Sem contar que artistas norte-americanos, como Lenny Kravitz, vão para lá a fim de não serem reconhecidos", comenta Glenda Johnson, diretora para a América Latina do escritório de turismo local.

Apesar disso, por enquanto, os brasileiros ainda representam apenas 5 mil dentre os 5 milhões de turistas acolhidos todo ano pelo país. Glenda conta que a volta à Braztoa é o começo de uma série de ações para divulgar as ilhas com mais intensidade entre os operadores de viagem do maior país sul-americano. "Vamos começar por São Paulo e depois seguiremos para Porto Alegre, Brasília e Recife, entre outras capitais."

Aproximadamente 700 ilhas compõem o arquipélago, fazendo com que até os nativos -- como a própria Glenda -- tenham dificuldade de conhecer tudo. "Mas, com uma estada entre sete e 10 dias, dá para ver bastante coisa nas principais ilhas, New Providence (mais conhecida como Nassau) e Grand Bahama", conta a diretora. A Copa e a American Airlines têm voos que saem de Brasília e pousam no país. A diferença está na conexão: o primeiro para na Cidade do Panamá; o segundo, em Miami.

A jornalista viajou a convite da Braztoa

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação