postado em 11/07/2012 08:14
A cidade fica pequena, o frescor do vento bate no rosto, os carros viram miniaturas e vem aquela sensação de ser dono do mundo; Como um olhar de Deus sobre a Terra. Tudo isso ocorre a 250 metros de altura em um voo de balão sobre Brasília. E aí, sempre tem a brincadeira de querer reconhecer os detalhes da cidade, como em uma maquete: a Ponte JK, os ministérios e a simetria das curvas de Niemeyer. E as piscinas viram apenas pontos ao lado dos telhados do Lago Sul. O passatempo ; feito a uma velocidade de 4km/h ; logo dá lugar aos suspiros de admiração da paisagem: o encontro do marrom das construções com o azul do céu e o verde das serras que envolvem o planalto.
Os adeptos dos aviões, dos helicópteros, das asas-delta e do paraquedas podem até não concordar, mas voar de balão é charmoso. Entrar no cesto de vime trançado é quase como se imaginar em um filme infantil de fantasias. A decolagem é tão suave que, a um metro do chão, os passageiros ainda não se dão conta de que foram levados pelo vento. Eles são carregados por 30 metros quadrados de tecido colorido ; o equivalente a um prédio de 10 andares ; com aquela forma característica de gota invertida.
Vale dizer que não há lugar certo para voar. O carro de apoio, a equipe de montagem e os aventureiros saem pela cidade ao amanhecer a procura do vento ideal. Nessa caso, a decolagem foi feita na prainha do Lago Norte. Enquanto isso, o sol nasce e alcança a copa das árvores até o clima perfeito indicar o ponto certo de partir. E voilá! Dá-lhe fogo pelo maçarico para levantar o pano e seguir viagem. Mas aí vai uma dica: não esqueça o protetor solar e um chapéu, principalmente, os carecas. A quentura do fogaréu esquenta a pele e o couro cabeludo.