Shirley Pacelli
postado em 24/10/2012 14:55
Por qual outro motivo eu visitaria uma vinícola se não para beber vinho? A pergunta pode soar óbvia, mas Flávio Faria, de 44 anos, lança sua provocação: ;O enoturismo não se resume em degustar vinhos. Isso podemos fazer em casa ou em algum restaurante da nossa cidade;. Faria é autor do livro Guia de vinícolas Chile (Editora Casa da Palavra), que descreve o que há de melhor em cada bodega chilena. O leitor pode se preparar para um mundo de surpresas: de tirolesas, curso de culinária a rodeio dentro das vinícolas. Para ele, a experiência do passeio é o diferencial durante uma viagem rumo ao universo da bebida dos deuses: ;Lembrar a experiência in loco;, afirma.
[SAIBAMAIS]O autor percorreu durante quatro meses as terras chilenas dos vales de Aconcágua, Casablanca, San Antonio, Maipo, Cachapoal, Colchagua, Curicó e Maule. Dicas de onde comer e ficar, coordenadas GPS e mapas, além de minirroteiros de um dia, foram cuidadosamente descritas. Todas as visitas foram feitas como se ele fosse um simples turista. A avaliação começa desde o site da vinícola. Não tem site? Não está claro que recebe turistas? Nada de entrar na lista. Das 288 existentes, somente 61 estão abertas a visitações. Flávio criou um método que julga em mil pontos cada estabelecimento. Há exatamente 80 passos para fazer o ranking: tudo é considerado, menos o vinho. ;A degustação é muito subjetiva. Os vinhos estão cada vez melhores e mais parecidos;, justifica.