Renato Alves
postado em 27/02/2013 09:50
Antártida ; Um século após os primeiros navegadores identificarem a Antártida, o continente continua sendo o lugar mais selvagem da Terra. Pisar nele é para poucos. Mesmo com os avanços tecnológicos, são necessárias logística e infraestrutura adequadas, além de disposição, paciência e um estômago forte. Os voos limitam-se praticamente às forças aéreas. Aos turistas, o único caminho passa pelo Drake, o trecho de mar mais temido do mundo. As longas e cansativas horas em navio e bote são recompensadas pelo cenário e a façanha de passear por um dos mais hostis e menos explorados destinos do planeta.
O Correio chegou à Antártida em uma expedição da Marinha, com jornalistas, militares e cientistas brasileiros. Os repórteres, os fotógrafos e os cinegrafistas foram os primeiros a desembarcar na Estação Comandante Ferraz após o incêndio que destruiu 70% das instalações, em 25 de fevereiro de 2012. A jornada teve início em Punta Arenas, no extremo sul do Chile. Lá, embarcamos em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Os aviões C-130 (Hércules) da FAB pousam na base chilena Eduardo Frei, levando também suprimentos, entre outubro e fevereiro. Mas esse trajeto de 1,2 mil quilômetros, em um voo de três horas, só é feito quando o clima permite.