Turismo

Em Brumal, lendas tradições culturais, como a cavalhada, recebem turistas

Já em Santa Bárbara as atrações passam pela arquitetura colonial e o vinho de jabuticaba; pelo museu e pela poesia

postado em 15/01/2014 09:13
Quem bebe a água do chafariz de Brumal, distrito de menos de 2 mil habitantes, não envelhece mais. Bom, pelo menos é o que reza a lenda. Pelo sim, pelo não, mãos em concha e vamos lá, já que, límpida e cristalina, é um convite tentador, além do que o aceno da eterna juventude não pode ser desprezado. Uma história tão antiga quanto aquela que teria dado origem ao próprio monumento, feito de pedra-sabão. No século 19, um menino escravo, bem franzino, foi designado para ajudar nos trabalhos de construção da Igreja de Santo Amaro devido à sua inclinação para a arte. Astuto, o menino percebeu logo que a quantidade de ouro usada para adornar as paredes do templo era tão grande que, se tirasse um pouquinho de cada vez, ninguém daria falta. E assim o fez.

[SAIBAMAIS]No fim do dia de trabalho, carregava um pouquinho e o depositava num buraco feito no chão da mata ao lado da igreja. Até que um dia, sabe-se lá como, um capitão do mato descobriu o furto. Usando de táticas cruéis, começou a torturar o menino para que ele confessasse onde estava o ouro. Aterrorizada, a criança negava tudo e rogava a Santo Amaro que a protegesse. Quando, mais uma vez, o chicote foi levantado para martirizá-lo, o instrumento de tortura virou uma serpente que picou a mão do feitor. Do buraco onde estava escondido o ouro começou a jorrar a água que até hoje sai do chafariz.



Como a maioria das lendas, essa é uma história quase sem pé nem cabeça. E tirem as crianças da sala: não se trata de um caso muito edificador do ponto de vista moral, visto que o menino, mesmo com o furto, se safou. Mas Santo Amaro se deu bem na fita. Tão bem que sua igreja, construída entre 1728 e 1739, continua de pé, assim como a fama de milagreiro. Causos, lendas e afins são uma constante em pequenas e grandes comunidades, um combustível para apimentar o imaginário. E em Brumal, fundado há mais de 300 anos às margens da estrada que leva ao Santuário do Caraça ; distrito da cidade de Santa Bárbara ;, eles não podiam faltar.

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