Carlos Marcelo/Estado de Minas
postado em 23/04/2014 09:10
Quem chega pela Rodovia BR-363 na Baía do Sueste, de águas calmas e com trechos liberados para o banho e o mergulho, não imagina que ali desembarcaram os encarregados pela Capitania de Pernambuco de expulsar os invasores holandeses que tinham tomado o arquipélago em 1629. Segundo o livro Fernando de Noronha ; cinco séculos de história, os holandeses se fizeram presentes na ilha por 25 anos, um a mais do que em Pernambuco, no século 17, e chegaram a erguer uma edificação destruída posteriormente pelos portugueses para a construção da Fortaleza dos Remédios. ;Foram 25 anos de permanência, de experimentos agrícolas, de arrendamento, de construção de monumentos, resultando em registros cartográficos e artísticos da maior importância;, analisa a autora Marieta Borges de Lins e Silva, antes de fazer importante ressalva no livro: ;De tudo isso, só resta a memória documental, as narrativas evocativas e os vestígios do forte primitivo;.
Remotas ou recentes, histórias de destruição são recorrentes em Noronha. Uma das mais significativas é a dinamitação do Morro Boa Vista para utilização das pedras na construção do molhe do porto de Santo Antônio, no fim da década de 1980. O que restou do morro, uma cratera imensa tomada pela vegetação e onde se escondem mocós (roedores semelhantes a preás), pode ser conferido em acesso pela Estrada Velha do Sueste. Na mesma parte da ilha, as pedras do Morro Madeira também foram retiradas para nivelamento da pista do aeroporto. Outro morro, o do Gato, também desapareceu pela mão do homem para ampliação da pista de pouso construída em 1942.
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