Turismo

Dublin tem se tornado a preferida dos estudantes estrangeiros

Com população amistosa e carismática, o país é diferente dos outros da União Europeia

postado em 30/04/2014 10:14

Com população amistosa e carismática, o país é diferente dos outros da União Europeia
Apesar do clima frio e da proximidade geográfica e cultural de países com pessoas de personalidade mais fechada, a Irlanda, apelidada de Ilha Esmeralda ; por causa das vastas estepes verde-claro ; tem um tom vivo. Os irlandeses são abertos, amistosos e de grande carisma. Sem contar a paixão pela cerveja. Talvez seja um dos motivos que há tantos brasileiros por lá. De acordo com o Irish Naturalisation and Immigration Service (Inis), órgão responsável pelo controle imigratório no país, cerca de 20% de todos os imigrantes não europeus são do Brasil. Para se ter uma ideia do número, a Garda National Immigration Bureau ; agência da polícia responsável por essa área ; registrou mais de 11 mil conterrâneos no país no começo do ano passado.




E a quantidade não para de crescer. Quem vai ajudar a aumentar o número de brasileiros na Irlanda é Mariana Akahoshi Pedroso, 25 anos, cientista social e estudante em Campo Grande (MS). Ela pretende ir a Dublin no fim deste ano e espera que o tempo que passará por lá seja especial. ;Para mim, a maior expectativa é a vivência, saber me virar e, o mais importante, amadurecer. E, para quem sempre viveu com os pais, será uma aventura e tanto. Em Dublin, quero conhecer e aprender sobre a história e a cultura local, viajar, mas, principalmente, fazer amizades duradouras;, conta.

Mariana revela que escolheu Dublin pelo fato de os estudantes poderem trabalhar enquanto estão em período de aulas. ;A ideia surgiu de repente, numa conversa entre amigos. Não era exatamente nossa primeira opção, mas o fato de aliar estudo e permissão de ter um emprego foi o diferencial e o que me fez optar por esse destino;, explica a jovem, que está indo com uma amiga para a Irlanda.

Dedicação
Os brasileiros que já passaram um tempo por lá falam bem da experiência e do país. Kleber Banno Esteves, 23, administrador de empresas, diz que teria permanecido na ilha por mais tempo se não fosse por alguns fatores. ;Não existe um principal motivo para eu ter voltado para o Brasil, mas sim o casamento de alguns, como o recesso de meu emprego na Irlanda, minha passagem de volta que iria vencer em pouco tempo e as comemorações de fim de ano;, explica.

Trabalhando como auditor de estoque em Dublin, Kleber alerta para a dificuldade de se conseguir emprego devido à crise europeia. ;Como a Irlanda foi um dos países mais afetados por esse momento econômico, o mercado de trabalho, principalmente para não europeus, não está bom. Existem oportunidades, mas é necessário dedicação e estar aberto a realizar alguns tipos de trabalho que dificilmente se aceitaria no Brasil, especialmente se o seu inglês não estiver em um bom nível. A melhor forma de se conseguir um emprego é com uma boa rede de amizades. Para quem está indo agora, recomendaria dedicação desde o momento da chegada;, comenta.

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