postado em 06/08/2014 07:40
Depois de refletir em templos budistas, relaxar com inúmeras massagens nas costas e nos pés e conhecer os tradicionais centros culturais, nada melhor do que encerrar a viagem no lugar mais espetacular do país. Como dito no início da reportagem, as Ilhas Phi Phi deixam o turista de boca aberta. O passeio começa num dos píeres, com o aluguel de uma lancha. O deslocamento até o pedaço de terra cuidadosamente esculpido pela natureza leva uma hora.
Ao longe já é possível avistar as montanhas que parecem emergir do fundo do mar de água ora cristalina ora verde esmeralda. Os cenários vão se superando enquanto o barco avança, com corredores de montes cobertos por vastas florestas. No caminho, uma parada para fotos numa pequena ilha onde macacos descem dos galhos para interagir com as pessoas.
A chegada arrebatadora termina na praia de Phi Phi. O estupendo lugar passou a ser cobiçado por viajantes do mundo inteiro após a exibição do filme A praia, estrelado por Leonardo Di Caprio, em 2000. Os guias adoram mostrar os locais onde ocorreram as gravações e apontar os nativos que ajudaram na organização da logística da produção do longa.
Bem pertinho dali, está outro pedaço do paraíso na terra: a ilhota de Phi Phi Don. Depois de uma manhã de mergulhos e muitas fotos, é o lugar ideal para almoçar e descansar. Ao longo da imensidão de areia fina e branca há várias opções de restaurantes, hotéis e pousadas. Só um detalhe parece incomodar quem trabalha e mora na região. As recordações ruins do tsunami que devastou a ilha em 2004 ainda não cicatrizaram.
Funcionários de estabelecimentos evitam falar sobre o assunto. No início, a impressão que dá era um receio por parte deles de afastar os turistas, mas, depois, percebe-se que eles fizeram uma espécie de pacto do silêncio, talvez para amenizar a dor de perder tantos amigos e familiares.
Normalmente, quem visita as Phi Phi fica hospedado em Phuket, a 800km de Bangcoc, uma das cidades mais prósperas da Tailândia. As belezas naturais que cercam Pukhet contribuíram no desenvolvimento, mas a imensa ilha já se notabilizava por arrecadar muito dinheiro bem antes de o mundo conhecê-la. Há muitos anos Pukhet é uma das maiores em exploração de minas e exportação de borracha.
Do jeito predatório
O único ponto negativo das Ilhas Phi Phi é a forma predatória como o turismo se desenvolve na região. Dezenas de barco atracam sem qualquer tipo de controle na praia, dificultando o banho dos turistas. Por não ter fiscalização rigorosa, alguns turistas atiram garrafas de cerveja, embalagens de alimentos e outros objetos no mar, algo semelhante ao que ocorre em algumas praias do Brasil. Na ilha dos macacos, é possível ver homens, mulheres e crianças se divertindo dando aos animais latas de refrigerante, embalagens de biscoitos e garrafas de cerveja.
Siga a dica Exija snorkel
Ao fechar com alguma empresa o deslocamento de barco até Phi Phi, exija snorkel, a máscara para mergulho sem cilindro. Uma das experiências mais interessantes é ficar boiando com a cabeça submersa vendo de perto peixes e corais.
O paraíso vira inferno na telona
O filme A Praia conta a história de três amigos que decidem seguir as coordenadas de um mapa feito por um viajante mais velho e usuário de drogas, que se suicida alguns dias antes. Segundo o velho, o mapa os levaria a uma ilha deserta, perfeita e sem turistas, um verdadeiro paraíso. Mas a aventura fica arriscada quando eles percebem que a região é vigiada por guardas armados, que vigiam plantações de maconha. Buscam refúgio em uma comunidade de viajantes. Inicialmente, são recebidos com carisma, mas, ao longo do tempo, a convivência se torna tensa e perigosa.