postado em 13/08/2014 10:28
Um destino imperdível na Bolívia é a cidade de Copacabana. Partindo de La Paz, são quatro horas de viagem, com direito a visual deslumbrante, boa parte dele margeando o Titicaca (sente-se do lado esquerdo do ônibus para curtir melhor). A passagem custa 20 bolivianos (R$ 6,40) e pagam mais dois bolivianos (R$ 0,64) pela travessia de barco pelo lago. A dimensão do Titicaca chega a assustar ; parece um oceano.Pequena e tranquila, Copacabana serve de base para quem deseja visitar a Isla del Sol e a Isla de la Luna e é considerada local sagrado para os incas. Segundo a lenda, o primeiro inca nasceu no Titicaca, quando o deus Sol teria enviado dois de seus filhos, Manco Capac e Mama Ocllo, para que difundissem a inteligência e as leis sábias entre os homens. O nome do lago viria do formato, que lembra a cabeça de um puma e significa, em quéchua, ;pedra (caca) do puma (titi);. De acordo com indícios arqueológicos, a região é habitada desde 1.300 a.C., primeiro pela cultura chiripa, depois pelos tiahuanacos, aimarás e kollas, até ser dominada pelos incas.
Hoje, Copacabana se destaca como centro religioso, destino de milhares de peregrinos bolivianos em busca da imagem da Virgen de Copacabana. Talhada pelo índio Tito Yupanqui, a imagem da santa tem traços indígenas, o que aumenta a devoção local. Em 1925, a Virgen foi considerada pelo Vaticano a santa padroeira da Bolívia. Uma visita à catedral é praticamente obrigatória.
Apesar do risco de enfrentar uma superlotação de turistas, conciliar a viagem com um dos períodos de peregrinação pode ser uma boa para observar de perto a religiosidade boliviana. Além da Semana Santa, em abril, quando há procissão noturna à luz de velas, outras opções são a Fiesta de La Virgen de Candelária, em 2 de fevereiro, e a Coroação de La Virgen de Copacabana, em 5 de agosto.
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