postado em 20/08/2014 10:29
Visitar Roraima, quase sempre, implica uma viagem internacional. São raros os turistas que chegam a Boa Vista e não aproveitam a proximidade das fronteiras para conhecer a Venezuela e a Guiana. Do lado venezuelano, a pequena e agitada Santa Elena de Uairén agrada desde compradores compulsivos a praticantes de ecoturismo. Menos concorrida e ainda menor, Lethem, na Guiana, oferece a chance de praticar o inglês, experimentar iguarias locais e apreciar a savana roraimense, que adorna a estrada. As duas estão a menos de duas horas da capital do estado.
À primeira vista, Santa Elena lembra a paraguaia Ciudad del Este: muita gente pelas ruas, um centro conturbado e uma poluição visual sem-fim. Santa Elena respira compras. Por conta da desvalorização do bolívar venezuelano em relação ao real, os valores praticados por lá são bem inferiores àqueles do Brasil.
Os mercados locais estão repletos de brasileiros que atravessam a fronteira para abastecer a casa (e os carros, por conta do módico preço da gasolina). Para quem busca produtos sofisticados, no entanto, Santa Elena decepciona. Mesmo com dois estabelecimentos duty free, a variedade de ofertas é quase nula. Alguns perfumes e cremes, poucas roupas, raros pares de tênis. As bebidas fogem à regra e são comercializadas com bons descontos, principalmente os uísques, bourbons e vodcas.
Mas, vale ressalvar, nem só de comércio vive a cidade venezuelana. ;Viemos sempre, mas não damos muito bola para esse lance das compras. Pessoal diz que vale a pena, mas a gente sempre corre para as cachoeiras dos arredores;, contou a professora carioca Maria de Fátima, ao lado do marido Pedro Gonçalves. Como a família de Pedro reside em Boa Vista, o casal visita Roraima com certa assiduidade. ;Oficialmente, viemos pelos familiares, mas a gente gosta mesmo é de estar em contato com a natureza;, comentou Fátima.
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