postado em 03/09/2014 08:52
Em 1911, o explorador norte-americano Hiram Binghan (1875-1956) ;descobriu; Machu Picchu, a cidade perdida do povo inca, entre as montanhas do Peru. Durante décadas, o gringo foi considerado o responsável por um dos maiores achados da arqueologia mundial. Hoje, o mundo científico usa a palavra redescobriu para classificar a façanha de Binghan.
A verdade é que a incrível Machu Picchu, que se eleva às alturas, era de todos conhecida nos povoados próximos. Inclusive fez parte de uma fazenda, sendo algumas de suas ruínas não cobertas pela vegetação usadas como casas. O fato é que os peruanos não davam muita bola para ela ou não mediam corretamente o potencial arqueológico. Aí, veio o estrangeiro, deu de cara com aquilo tudo, mandou tirar o mato e... o resto você já sabe.
Bom, mas o que tem Machu Picchu a ver com Belém ou mesmo com o Pará? Há um paralelo. Sem mesmo citar a cidade inca, Joanna Martins, diretora do Instituto Paulo Martins, conta um pouco da história recente da gastronomia paraense. Sentada à mesa do restaurante Lá em Casa, na Estação das Docas, em Belém, ela diz que a descoberta da gastronomia paraense se deu há menos de uma década.
;O povo do Pará nunca deu a atenção devida ao que tinha na mesa. Valor mesmo era dado ao que vinha de fora. Depois que nossa cozinha ficou conhecida nacionalmente e, num segundo plano, internacionalmente é que muitos despertaram para esse tesouro;, disse, enquanto mordiscava um filé de filhote (um peixe) com castanha triturada, acrescentando que o fato tem gerado empregos, divisas e oportunidades. ;Foi uma revolução;, avaliou.
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