Os passageiros das empresas aéreas brasileiras já podem consultar um guia elaborado pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), com orientações e dicas para evitar problemas na viagem. Desde a compra da passagem ao embarque, à documentação, atendimento durante o vôo até o desembarque e uma lista com telefones importantes para o caso de emergências, estão na publicação, que pode ser consultada online.
Seguindo a Associação, o avião é o meio de transporte utilizado em mais de 60% dos deslocamentos dos brasileiros que viajam pelo país. Somente no ano passado os aeroportos no Brasil registraram 94,6 milhões de desembarques. Há 10 anos eram apenas 36,5 milhões. Isso significa que muitos viajantes são novos consumidores, que ainda não estão habituados a usar o meio de transporte e precisam de orientações para que se sintam mais seguros.
A publicação pode ser acessada na Internet (http://www.abear.com.br/uploads/arquivos/dados_e_fatos_arquivos_ptbr/GUIA_DO_PASSAGEIRO.pdf) e também está disponível para baixar na Apple Store.
Algumas dicas:
Comprar a passagem
Para economizar, compre a passagem com antecedência e, se possível, dê preferência aos períodos de baixa temporada
A diferença entre escala e conexão: nos voos com escala o avião faz paradas em uma ou mais cidades, mas você só sai do avião quando chegar ao seu destino. Já no voo de conexão, o passageiro precisa trocar de avião em um aeroporto intermediário.
As passagens são intransferíveis. Por isso, é necessário preencher com cuidado o nome do passageiro.
As regras para gestantes não são padronizadas entre as companhias aéreas, mas, em geral, nos primeiros meses se exige a apresentação de atestado. Já a partir da 25; (ou 28; semana, dependendo da companhia), costuma ser necessário apresentar um atestado médico autorizando a viagem. No último mês de gestação, o embarque não é permitido.
Bebês com mais de sete dias de vida já podem embarcar, mas alguns pediatras recomendam esperar pelo menos 28 dias de vida antes do bebê fazer sua primeira viagem.
As regras para a cobrança de passagem de crianças variam de acordo com cada empresa.
Na hora da viagem
Os documentos para o embarque em viagens nacionais são: carteira de identidade (RG), carteira nacional de habilitação (CNH), carteira de trabalho, carteira profissional (por exemplo, CREA, OAB etc.) ou passaporte.
O embarque de passageiros com deficiência ou mobilidade reduzida é realizado com prioridade em relação aos demais passageiros. Para isso, é importante estar no portão de embarque com pelo menos 1h30 de antecedência para voos nacionais.
No aeroporto
Quando o passageiro chega ao aeroporto, ele precisa confirmar sua presença, despachar a bagagem e pegar o cartão de embarque. Esse procedimento é chamado de check-in.
Ao fazer o check-in, é bom manter à mão o documento com foto e o cartão de embarque.
Antes de entrar na sala de embarque, o passageiro passa por uma inspeção obrigatória, onde deverá colocar numa esteira de raio X a bagagem de mão e qualquer objeto metálico que esteja levando consigo. Para garantir a agilidade, o ideal é separar esses itens antes de chegar a sua vez.
O passageiro também passa pelo detector de metais. Pessoas com marca-passo ou implante coclear (aparelho auditivo) estão liberadas dessa etapa, desde que apresentem a documentação adequada: carteirinha de portador de marca-passo/ implante e laudo médico com CID, no caso do aparelho auditivo.
Na sala de embarque, fique atento aos painéis de informação e alto-falante. Embora constem no bilhete o horário e o número do portão de embarque, essas informações podem mudar.
Em caso de atraso no voo, os passageiros terão direito a algumas compensações, dependendo do tempo de espera. A partir de uma hora: comunicação; a partir de duas horas: alimentação; a partir de quatro horas: acomodação ou hospedagem (caso o passageiro precise passar a noite e não more na cidade de onde parte o voo) e transporte de ida e volta ao aeroporto. Se o atraso for superior a quatro horas ou houver cancelamento de voo a empresa aérea deverá oferecer ao passageiro opções de acomodação de voo ou reembolso integral do bilhete.
No desembarque
Se a bagagem despachada não chegar, o passageiro deverá procurar um funcionário da empresa aérea antes de sair da sala de desembarque. Quando a bagagem for localizada, a empresa a devolverá para o endereço informado pelo passageiro. Caso não seja localizada no prazo de 30 dias, a companhia aérea entrará em contato com o passageiro para indenizá-lo.
Caso a bagagem despachada seja violada ou danificada, é importante que o passageiro procure um funcionário da empresa aérea antes de sair da sala de desembarque.
Com informações do Ministério do Turismo