Turismo

Sawabona, visitantes! Traduzindo a hospitalidade dos sul-africanos

Na língua zulu, o cumprimento usual no sul do país não tem uma tradução literal, mas resume a alma do povo africano e sua cultura acolhedora. Mais do que um "olá" ou "seja bem-vindo", expressa um sentimento: "Você é importante para mim"

postado em 08/04/2015 18:26

Vista da cidade de Cape Town: paisagem montanhosa mistura-se com o mar
A África do Sul há muito deixou de ser associada apenas aos safáris. Principalmente após a realização da Copa do Mundo. Quem pretende conhecer o país deve saber que não fará mais uma viagem. Experimentará uma incrível sensação de estar em um mundo em um país. A diversidade não só está nas paisagens, como nas opções de conhecimento e diversão. Desde balonismo, trilhas de escaladas, bungee jumping a surfe e golfe, até locais considerados marcos da história mundial, tour pelos campos de batalhas ou nas viníolas ou observação de baleias. Já aprendeu que é bem-vindo ao ser saudado com ;sawabona;? Anote aí: a resposta é ;shikoba;, que pode ser interpretada como ;eu existo pra você.; De tirar o fôlego, não é mesmo?

Consciente da sua importância, o turista se sente à vontade para explorar paisagens completamente diferentes e antagônicas como vastas planícies desertas e montanhas, florestas exuberantes e praias de águas convidativas.Com o Rand (moeda local) em baixa, o ;S; dos Brics se torna um destino ainda mais atraente para o turista brasileiro (no início do mês a moeda sul-africana valia cerca de R$ 0,26). Com preços razoáveis, acomodações e gastronomia de alto padrão e diversidade de atrações turísticas, além das paisagens naturais (que não se resumem à savana), o país tem a oferecer uma incrível diversidade cultural (são 11 línguas oficiais) e experiências que vão das ruas cheias de história do Soweto, o antigo gueto negro de Joanesburgo, às vinícolas da área de colonização francesa próximas a Cape Town.

Na língua zulu, o cumprimento usual no sul do país não tem uma tradução literal, mas resume a alma do povo africano e sua cultura acolhedora. Mais do que um
Embora o país possua uma infinidade de línguas, o domínio do inglês costuma ser suficiente para aproveitar a viagem. Se necessário, é possível contatar operadoras, como a Kobo Safaris, que dispõem de guias brasileiros, residentes na África do Sul. Além da tradução, os guias são excelentes fontes de informação sobre a história do país. Para chegar até lá é mais fácilo do que se pensa. Várias companhias operam voos para Joanesburgo saindo de São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ), entre elas a South African Airlines e a Emirates. Comprando com antecedência, é possível adquirir passagens por até R$ 3 mil, ida e volta. O vôo costuma durar entre 7h e 9h.

Tanto Cape Town como Joanesburgo oferecem excelentes opções gastronômicas e de estadia. Em Cape, o destaque culinário são os frutos do mar, cujos preços chegam a ser menores que em cidades turísticas do litoral brasileiro. Já em Joanesburgo ou no norte, não deixe de provar carnes de caça (chamadas pelos sul-africanos de ;game;). São comuns opções como Kudu, Oryx e Springbok (antílopes); avestruz, javali e outras bem menos conhecidas dos brasileiros. Ambas as cidades contam com hotéis fantásticos, como o The Maslow, no centro financeiro de Joanesburgo, e o Table Bay, em Cape Town, onde Barack Obama se hospedou quando passou pela cidade.
Na língua zulu, o cumprimento usual no sul do país não tem uma tradução literal, mas resume a alma do povo africano e sua cultura acolhedora. Mais do que um
Cheiro de presa


O safári é um programa quase obrigatório ao vir à África do Sul. E o melhor local para a prática é o Parque Nacional Kruger, no norte. Sozinho, o Kruger possui cerca de 20 mil km; de área preservada, quase quatro vezes a área do Distrito Federal. O visitante pode optar por seguir pelo parque propriamente dito ou se hospedar em reservas particulares contíguas. É possível até mesmo dirigir o próprio carro pelo Kruger. Muitos hotéis oferecem o serviço de safari aos hóspedes, inclusive com guias.
Além indicar nomes de animais e plantas, os guias garantem a segurança do visitante em meio aos bichos selvagens. Porém, há uma dica fundamental para qualquer viajante de primeira viagem: jamais se levante do assento, no jipe aberto. ;Um leão, por exemplo, reconhece uma pessoa como alguém com duas pernas e dois braços. Assim, com todos sentados, ele sente apenas o seu cheiro. Se você se levanta, pode irritar o animal;, explica o ranger Kosie Lategan, do resort Sabi Sabi Game Reserve. Ao atacar, garante, um leão percorre 8 metros em menos de dois segundos. É recomendável tomar muito cuidado.

Além do ranger, que geralmente anda armado e é o responsável pela segurança, o safari é geralmente acompanhado por ;tracker;, um especialista em seguir os rastros dos animais. O tracker Evens Mokoena, que nos acompanhou, não teve dificuldade em nos colocar em contato com hipopótamos, chitas, elefantes, leões, rinocerontes e vários outros animais da savana.

Ver um leão selvagem de perto ou acompanhar a caçada de um grupo de cães selvagens não significa enfrentar desconforto, dormir em barracas e aguentar mosquitos. Muito pelo contrário. Nas várias reservas próximas ao Kruger é possível encontrar hotéis de altíssimo luxo, com gastronomia internacional. O Sabi Sabi, por exemplo, possui quatro hotéis relativamente pequenos, com cerca de 50 quartos ao total. As diárias variam de R$ 2,5 mil a R$ 6 mil (na suíte presidencial do Earth Lodge, o mais luxuoso dos quatro). No Earth Lodge, por exemplo, é possível intercalar as saídas para o safári, que geralmente são feitos logo no começo da manhã e no fim da tarde, com um banho na piscina privativa da suíte, que tem vista livre para a savana. Uma experiência única e inesquecível para qualquer turista.
Na língua zulu, o cumprimento usual no sul do país não tem uma tradução literal, mas resume a alma do povo africano e sua cultura acolhedora. Mais do que um
Os cinco grandes


A sigla, na verdade um acrônimo, é formada pelas iniciais de cinco países (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul/ South Africa) que formaram um grupo de cooperação. Todos apresentam cartacterísticas similares no mercado econômico mundial. Os líderes de cada país se reúnem anualmente desde 2009. Juntos, os países conseguem tomar posições mais fortes nas negociações com os chamados países mais industrializados e desenvolvidos, que, por sua vez, são conhecidos pela sigla G7, formado por Estados Unidos, Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido.
Na língua zulu, o cumprimento usual no sul do país não tem uma tradução literal, mas resume a alma do povo africano e sua cultura acolhedora. Mais do que um
Como entrar no país

Os brasileiros não precisam de visto para uma permanência de até 90 dias (turismo e/ou negócios). Basta apresentar o passaporte com validade de até um mês da data de retorno ao Brasil, com pelo menos uma página em branco e apresentar o CIV (Certificado Internacional da Vacina) contra febre amarela, que deve ser tomada pelo menos 10 dias antes do embarque


O repórter viajou a convite do Ministério de Turismo da Áfria do Sul

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação