De uns anos pra cá, Porto Seguro (BA) passou a mostrar outra face no cenário do turismo nacional, diversificando e inovando os atrativos e apresentando um potencial turístico que nenhum outro lugar possui. Não foi por acaso que os portugueses se encantaram com o Brasil ao avistar esse lugar.
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Com mais de 140 mil habitantes, segundo os últimos dados do IBGE, Porto Seguro é a porta de entrada do Nordeste brasileiro e um dos 64 destinos indutores do Brasil, segundo o Ministério do Turismo. Para começar, são aproximadamente 85 quilômetros de belas praias, que se estendem de Caraíva, ao sul, até à praia do Mutá, no litoral norte. Ao todo, a cidade oferece cerca de 48 mil leitos, alcançando a posição de terceiro maior polo hoteleiro do país, ficando atrás apenas das capitais Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP).
Para os amantes da vida noturna, Porto Seguro conta com lugares bastante agitados. Misto de shopping center com zona boêmia, a Passarela do Descobrimento, no centro da cidade, é o ponto de encontro onde tudo acontece. Por lá, estão lojas de artesanato e suvenires, butiques, bares e restaurantes que ganham a companhia de barracas. É o melhor lugar para degustar a culinária típica baiana e também as delícias à base de frutos do mar. Já para quem deseja regiões mais sossegadas, os distritos de Trancoso e Arraial d’Ajuda são boas pedidas (leia mais nas páginas 4 a 7).
O que também desperta a curiosidade e o interesse dos visitantes é o turismo histórico e cultural. Localizado na parte alta do município, o centro é uma opção de passeio imperdível. É possível, por meio da contemplação do casario remanescente, voltar ao período do descobrimento, quando Pedro Álvares Cabral desembarcou em terras tupiniquins. A Cidade Histórica foi o primeiro núcleo habitacional do Brasil. O local abriga imponentes prédios e peças muito valiosas do século 16, e possui uma geografia privilegiada que faz do espaço um verdadeiro museu natural a céu aberto.
Reserva
Quem chega à Reserva Indígena Pataxó da Jaqueira, localizada em plena Mata Atlântica e a 12 quilômetros do centro da cidade, se surpreende com a calorosa recepção. Com o corpo pintado, cocar e demais adereços, os índios Pataxós apresentam sua cultura por meio de palestras interativas e caminhadas pela mata.
A experiência é única, e o visitante que quiser entrar no clima pode se caracterizar ou praticar o arco e flecha. Como fonte de renda, os índios vendem artesanatos produzidos com sementes e matérias-primas encontradas na região habitada pela tribo. A cerâmica também é outra arte dominada pelo povo Pataxó, e as peças comercializadas costumam agradar em cheio aos que procuram um presente diferenciado e com personalidade.
Nascido e criado na reserva, Kawha Pataxó, 18 anos, atua como guia de visitantes. O jovem índio também participa das apresentações das danças típicas. “Estamos sempre prontos para receber os turistas. Queremos que todo o mundo conheça nossos costumes e se lembrem de nós”, afirmou.
Ao fim do passeio, quem quiser pode saborear a culinária indígena. O cardápio oferece o famoso “peixe assado na folha da patioba”, que é preparado com o mesmo ritual e ingredientes que as tribos indígenas usam no seu dia a dia.
Epopeia do Descobrimento
Um jardim botânico de 20 mil metros quadrado e uma réplica da Nau Capitânia — com 30 metros de comprimento e sete metros de altura — são algumas das atrações do Memorial da Epopeia do Descobrimento. No local, há ainda uma exposição didática com informações desse período histórico. Os visitantes são recepcionados por guias da tribo Pataxó e também por estudantes do Colégio Pedro Álvares Cabral.
O jornalista viajou a convite da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Porto Seguro