Turismo

Estamos em casa, pois! As ruas da capital portuguesa lembram o Brasil

Conhecer a capital lusitana é como andar dias e dias por um grande museu da nossa história

Álvaro Duarte
postado em 03/09/2015 15:46
O Arco triunfal é a entrada para a Rua Augusta, uma das mais tradicionais da cidade
A primeira impressão ao andar por Lisboa é de que estamos em casa. E, de certa forma, estamos mesmo. Os sobrados, as calçadas, o idioma (apesar do sotaque), a história... Tudo nos remete ao Brasil.

[SAIBAMAIS]A cidade oferece atrações que vão de castelos, igrejas e museus a cassinos e um moderno oceanário. Mas seus arredores não ficam pra trás. Sintra, Cascais, Estoril, Óbidos, Nazaré e Fátima são passeios fantásticos e muito próximos da capital. Várias empresas oferecem pacotes para essas cidades. Mas, se você não é muito adepto dos horários marcados, vá de táxi ou alugue um carro. Vários taxistas oferecem esse serviço pelo mesmo preço ou até mais barato que as empresas de turismo, com a vantagem de ficar o tempo que o freguês quiser em cada lugar. Se preferir dirigir, não se esqueça de alugar um GPS. Fica fácil chegar a qualquer sítio (como os portugueses se referem a lugar).

A partir de agora, você conhecerá um pouco de Portugal. Um lugar onde o passado e o presente se encontram sem a menor cerimônia e com a maior sintonia. Partimos de Lisboa.

Para começar a entender a cidade, desça a Avenida Liberdade, que é praticamente um parque, em direção à Praça do Comércio. Saindo da Praça Marquês de Pombal, é uma caminhada de 20 a 30 minutos. Você passará pelo prédio do tradicional jornal Correio de Notícias, por lojas de famosas grifes mundiais como Prada, Hugo Boss, Louis Vuitton, Gucci, entre outras, e pelo cinema São Jorge. Antes de chegar à Praça do Rossio, à direita fica o Elevador da Glória, que leva ao Bairro Alto. Durante a caminhada, incontáveis cafés, bares e restaurantes. Ali perto também está o Elevador Santa Justa, de onde se tem uma linda vista da cidade.

Chegando à Praça do Rossio, o prédio da Estação Ferroviária Central chama a atenção. Construída no final do século 19, tem uma arquitetura impressionante, com estilo manuelino. Estamos no Chiado e, entrando nas ruas à esquerda, um comércio para deixar o mais consumista dos turistas sem fôlego. São lojas de roupas, suvenires, vinhos, artesanato, joalherias; Enfim, tudo que pode ser comprado é vendido ali. Restaurantes e cafés há em cada quarteirão. Destaque para a Rua Augusta, que é, na verdade, um grande calçadão de pedras portuguesas e termina no Arco do Triunfo, pouquinho antes da Praça do Comércio, que fica às margens do Rio Tejo.

No castelo de São Jorge há um dos mais belos mirantes
Castelo
Muito próximo do Chiado, estão algumas igrejas famosas, como a da Sé, onde vários reis de Portugal se casaram, e a de Santo Antônio, construída onde foi a casa em que nasceu o religioso. O local é bastante visitado pelos devotos do santo, pois o quarto de Antônio ficou intacto após o terremoto que destruiu Lisboa em 1755. Subindo mais um pouco se chega ao Castelo de São Jorge. Um bom passeio é ir até lá de bonde. Mas é preciso um pouco de paciência, porque ele sempre está cheio. E não se assuste com a fila para comprar ingressos. Ela é grande, mas anda rápido. Lá de cima se tem uma vista maravilhosa de parte da capital portuguesa.

Às margens do Tejo, além da famosa Torre de Belém, de onde partiam os navios para as viagens pelos mares, e do monumento Padrão dos Descobrimentos, há o Centro Cultural de Belém, o Museu do Design, o Museu da Marinha, o Planetário, o Mosteiro São Jerônimo, o Museu dos Coches, o Palácio da Ajuda e, claro, os pastéis de Belém. Tudo muito próximo.

Com a tradição dos grandes navegadores portugueses, o Museu da Marinha é sensacional e fica na ala ocidental do Mosteiro dos Jerônimos. Além das réplicas das principais embarcações portuguesas que chegaram às Américas e à Índia, algumas peças se destacam: as cabines dos reis e das rainhas e uma escultura que ficava no navio de Vasco da Gama. No Pavilhão das Galeotas, há várias embarcações construídas para uso das famílias reais e o hidroavião Santa Cruz, que fez a primeira travessia aérea do Atlântico.

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