Destino turístico da Casa Real espanhola até o reinado de Alfonso XIII, no início do século 20, a cidade foi um dos primeiros roteiros escolhidos pelas elites que fugiam do bronzeado. O clima suave durante o verão foi, e ainda é, uma das características atrativas, além da praia e da Baía de La Concha, uma das mais refinadas e conhecidas da Península Ibérica.
San Sebastián é uma das cidades mais caras de Espanha ; o que inclui a hospedagem. Para conseguir bons preços, é preciso reservar em plataformas on-line, como a www.trabber.com, com antecedência. O período do verão e a semana do Festival de Cinema ; que vai até sábado ; são as mais caras do ano. Em geral, os hostels têm boas condições.
Mas, Donostia, denominação da cidade no idioma basco, é hoje reconhecida sobretudo por ser uma das mecas europeias do turismo gastronômico, com a maior densidade de estrelas Michelin da Espanha. Para você que tem pouco tempo ; ou pouco dinheiro ; para visitar o local, o Turismo separou as melhores opções.
Museus
O Museu San Telmo, o Aquário e o Museu Marítimo representam a principal oferta cultural da cidade. Ainda que sejam museus pequenos, podem ser atraentes para os viajantes interessados em descobrir a cultura basca. O Museu San Telmo (santelmomuseoa.com) abriga as famosas pinturas do pintor José Maria Sert (ver Para Saber Mais). É possível visitá-lo no período de uma hora e, além disso, os três estão muito bem situados, em plena parte velha e no porto da cidade.
Paisagens verdes
As melhores vistas da cidade podem ser observadas em cima do Monte Igueldo ou do Monte Urgull, que abraçam a baía, cada um por uma ponta. Ao primeiro mirante, os visitantes podem subir num funicular do século passado, e, ao segundo, caminhando desde a parte velha da cidade num passeio de 60 minutos com vista para a baía, a cidade e o Cantábrico. É o cartão-postal da pequena San Sebástian. Para conhecer a cidade também é possível contratar visitas guiadas em trem turístico, ônibus ou visitas guiadas a pé.
Pintxos
Essa é uma atividade obrigatória para qualquer turista que passe pela cidade. Os pintxos de Donostia (de origem em San Sebastián), nome que recebem no País Basco as tapas, são os mais famosos de Espanha pela sua variedade e qualidade, ao ponto de serem considerados alta cozinha em miniatura. A maior parte das tabernas da parte velha oferecem uma barra de pintxos impressionante ; nos últimos anos, os preços subiram muito, e é conveniente perguntar quanto custa antes de fazer o pedido. Um almoço ou um jantar na cidade devem ser feitos nesse sistema. Algumas das tabernas principais podem ser consultadas em todopintxos.com.
Estrelas
Os arredores de San Sebastián e a província de Gipuzkoa, da qual é capital, contam com 16 estrelas Michelin, uma das maiores densidades do mundo. Os restaurantes Arzak, Berasategui e Akelare têm três estrelas, cada um. Quem tiver condições para investir na experiência gastronômica, deve fazê-lo, pois é inesquecível. Na cidade, no parque tecnológico, também pode-se comer no Basque Culinary Center (bculinaryclub.com/cafeteria), talvez o centro de formação de cozinheiros mais famoso e inovador do momento. Com a vantagem de que lá os pratos são preparados por futuros chefs e, portanto, têm preços mais acessíveis. Também é aconselhável reservar com antecedência.
Vida cultural
O Festival de Jazz é o mais antigo da Península Ibérica. Durante o verão, a atividade cultural é muito importante, com concertos de música clássica. Além disso, a cidade será Capital Europeia da Cultura em 2016. A agenda cultural pode ser consultada em www.donostiakultura.com.
Nos arredores, ainda mais cultura
Gipuzkoa é a menor província da Espanha, o que faz com que todos os destinos dentro dela estejam a menos de uma hora de San Sebastián, a capital. Os transportes públicos são bons, ainda que a melhor opção possa ser alugar um carro para poder visitar todas as atrações em 48 horas. Confira as opções.
Getaria e Museu Balenciaga
Nesse pequeno povoado costeiro, com 5 mil habitantes, nasceu o famoso estilista Cristóbal Balenciaga, que abriu o primeiro ateliê em 1919 e, mais tarde, mudou-se para Paris por causa da guerra civil espanhola. A vila é sede do Museu Balenciaga, onde está reunida uma interessante coleção de alta-costura parisiense desenhada po ele. Lá também chegou o navegador Juan Sebastián Elcano, depois de dar a primeira volta ao mundo.
Loyola-Azpeitia
A basílica de Loyola, na povoação de Azpeitia, é um dos locais de referência para a ordem dos jesuítas. Foi onde viveu e morreu São Ignácio de Loyola, fundador da ordem. A igreja foi construída século 18. No local, há um pequeno museu sobre a vida do santo, conheça em www.santuariodeloyola.org.
Fuenterrabía e Biarritz
Seguindo em direção leste, pela estrada nacional 1 ou pela autoestrada AP8, o viajante encontrará algumas cidades. A primeira, Fuenterrabía, é uma pequena vila de pesca basca, com um contexto histórico e umas muralhas muito bem conservadas, situada na fronteira com a França. O hotel Parador Carlos V é uma das joias para se visitar em Fuenterrabía. A partir dela, pode passar a fronteira de barco chegando à localidade vizinha de Hendaya (França). Ambos os locais são muito populares no verão pelas suas praias. Foi precisamente na estação de trem dessa cidade que ocorreu o encontro entre os ditadores alemão Adolf Hitler e o espanhol generalíssimo Francisco Franco. Na mesma direção, atravessando a fronteira, está San Juan de Luz e Biarritz, dois destinos de praia muito populares do País Basco francês.
Bilbao
Capital econômica do País Basco, a cidade industrial entrou com distinção nas rotas turísticas internacionais, com a construção do Museu Guggenheim Bilbao. Há ônibus entre San Sebastián e Bilbao, a cada hora, por cerca de 10 euros, num percurso de 50 minutos. Também se pode optar por pernoitar em San Sebastián, já que a oferta de hotéis é muito maior e os preços, menores.
Para saber mais
Pinturas colossais
O pintor catalão José Maria Sert, nascido numa tradicional família de industriais têxteis, em 1874, ficou conhecido mundialmente pelos seus murais na Catedral Vic, em Barcelona. Considerado burguês, por sua origem, gostava de se cercar de pessoas famosas e importantes da sociedade. Foi o responsável por trabalhos importantes, como os painéis de entrada do Rockefeller Center, em Nova York. Sua característica inconfundível de produzir pinturas colossais o levou a espalhar seu trabalho por paredes em todo o mundo. Em diversas embaixadas, inclusive brasileiras, há obras do artista, que morreu em 1945.