Turismo

Quatro museus que contam a história do chocolate, o pecado mundial

Saborear a guloseima não figura entre as sete atitudes que contrariam as leis divinas, mas se aproxima da gula. Criado pelos astecas, como bebida dos deuses, o produto do cacau atravessou as barreiras do tempo e do espaço e virou tradição degustá-lo durante a Páscoa

Rafaella Panceri - Especial para o Correio
postado em 14/02/2016 09:00

Saborear a guloseima não figura entre as sete atitudes que contrariam as leis divinas, mas se aproxima da gula. Criado pelos astecas, como bebida dos deuses, o produto do cacau atravessou as barreiras do tempo e do espaço e virou tradição degustá-lo durante a Páscoa

Abrir a embalagem, sentir o aroma, dar a primeira mordida e deixar o momento acontecer. O prazer de degustar um belo pedaço de chocolate vem bem depois de sua produção. Para fabricar essa delícia, é preciso quebrar o cacau e extrair suas sementes, até então amargas. O sabor adocicado depende da quantidade de leite e açúcar adicionada à mistura nas indústrias. Lá, a matéria-prima é decomposta, passa por trocas de temperatura para, no fim, ganhar o formato desejado.


No domingo de Páscoa, é comum degustar ovos de chocolate. Pode parecer que a tradição não tenha nada a ver com o ato de refletir sobre o significado da vida e de lembrar a ressurreição de Cristo. Mas existem conexões. Em várias culturas antigas do Mediterrâneo, do Leste Europeu e do Oriente, era comum presentear com ovos coloridos. A tradição acabou entrando no rol de festividades cristãs, graças aos clérigos, que adaptaram a tradição antiga.


No período medieval, o costume era confeccionar ovos de ouro. O chocolate como conhecemos surgiu depois do desenvolvimento da culinária e da descoberta do continente americano ; onde o cacau era cultivado por astecas e maias. A ideia dos ovos de chocolate propriamente dita surgiu na França. O caráter energético do alimento se uniu à ideia de renovação inspirada pela data. Museus dedicados a contar a história do chocolate estão espalhados pelo mundo, aguardando sua visita. O Turismo selecionou alguns deles. Inspire-se e adicione-os em seu próximo roteiro:

Saborear a guloseima não figura entre as sete atitudes que contrariam as leis divinas, mas se aproxima da gula. Criado pelos astecas, como bebida dos deuses, o produto do cacau atravessou as barreiras do tempo e do espaço e virou tradição degustá-lo durante a Páscoa

O Reino do Chocolate (Gramado, RS)
www.oreinodochocolate.com.br

Aqui, o convite é para uma viagem no tempo. Florestas virgens, o nascimento do cacau (da semente ao fruto) e um encontro com os antepassados. Salas interativas se dividem em minifábrica, túnel do tempo, galeria de história e uma sala com uma pirâmide asteca. Lá, o destaque é para a crença do povo no deus Quetzalcóatl, fornecedor das primeiras sementes de cacau. Os ingressos custam R$ 10 por pessoa.

Saborear a guloseima não figura entre as sete atitudes que contrariam as leis divinas, mas se aproxima da gula. Criado pelos astecas, como bebida dos deuses, o produto do cacau atravessou as barreiras do tempo e do espaço e virou tradição degustá-lo durante a Páscoa

Choco-Story (Bélgica)
www.choco-story-brugge.be

Nesse museu localizado em Bruges, a 100km de Bruxelas, o segredo do sabor dos chocolates belgas é revelado. Além disso, o roteiro conta a história da transformação do cacau em chocolate desde as experiências místicas dos maias e astecas, que bebiam um líquido feito do cacau em homenagem aos deuses, até a popularização da bebida na Espanha e em toda a Europa. As entradas custam 8 euros por pessoa.

Saborear a guloseima não figura entre as sete atitudes que contrariam as leis divinas, mas se aproxima da gula. Criado pelos astecas, como bebida dos deuses, o produto do cacau atravessou as barreiras do tempo e do espaço e virou tradição degustá-lo durante a Páscoa

Imhoff Schokoladen Museum (Alemanha)
www.schokoladenmuseum.de

Na cidade de Colônia, um prédio com formato de navio ;ancorado; às margens do Rio Reno é um museu dedicado às origens do chocolate. O passeio é de imersão total na América Pré-Colombiana, quando olmecas, maias e astecas cultivavam o cacau. Árvores e máquinas da fábrica também podem ser vistas, além de propagandas de chocolate que datam de 1.926. O famoso Lindt (chocolate suíço) é produzido no local. A inteira sai por 9 euros.

Saborear a guloseima não figura entre as sete atitudes que contrariam as leis divinas, mas se aproxima da gula. Criado pelos astecas, como bebida dos deuses, o produto do cacau atravessou as barreiras do tempo e do espaço e virou tradição degustá-lo durante a Páscoa

Cadbury World (Reino Unido)
www.cadburyworld.co.uk

O tour interativo é de três horas e é feito sem guias. Não tem erro: jogos eletrônicos, vídeos explicativos em 4D e painéis sensíveis ao toque indicarão o caminho de maneira divertida. Depois de assistir à demonstração dos chocolateiros da casa, encomende uma lembrancinha personalizada para levar para a sua. O museu é ideal para levar as crianças, que pagam 12,30 euros para entrar. A inteira custa 16,75 euros.

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