Aos pés da Cordilheira dos Andes descansam vales agrícolas, de onde saem vinhos que colocam o Chile no seleto grupo de melhores produtores do Planeta. Não bastassem as imponentes cadeias montanhosas, a costa do Pacífico oferece pescado e frutos do mar frescos. Para completar, verdes vales, bosques nativos e o Deserto de Atacama, o mais alto e seco do mundo. O Chile tem 4,3 mil quilômetros de extensão da fronteira com o Peru, ao norte, até o Estreito de Magalhães, ao sul, o que permite ao visitante desfrutar de geografia única e paisagens diversas.
A variedade climática e de ecossistemas faz do Chile um paraíso gastronômico. O grupo Paralamas do Sucesso, na canção Dos margaritas, chama a atenção para uma das iguarias do Chile. Ao cantar “uma ostra chilena, um beijo em Paris”, coloca em pé de igualdade duas experiências inesquecíveis: degustar a culinária chilena é tão excitante quanto viver um romance na Cidade Luz. O sabor único do molusco é explicado pela corrente fria do Pacífico. O país, no entanto, tem muito mais a oferecer: vinhos de alta qualidade e uma gastronomia que busca se firmar internacionalmente.
O chef Francisco Javier Mandiola Camus, um dos mais renomados do Chile, à frente do Restaurante Fuy, em Santiago, acompanhou um grupo de jornalistas de todo o mundo em uma viagem gastronômica de norte a sul do país. E uma conclusão é certa: de ponta a ponta, come-se e bebe-se muito bem no Chile. A capital, Santiago, a Ilha de Chiloé, o Vale do Limarí, Maule e a cidade de Valparaíso — tombada patrimônio da humanidade —, são destinos que oferecem o melhor da culinária chilena. Deixar de visitar uma das vinícolas é cometer uma heresia em um país que produz vinhos de complexidade e sabor.