Jornal Correio Braziliense

Turismo

Primeiro navio de cruzeiro zarpa dos EUA para Cuba, após 50 anos

É o primeiro percurso em mais de meio século. Viajantes embarcaram em Miami, rumo a Havana



Saudação
Dissidentes em Miami receberam a partida do Adonia com críticas e esperança. Por telefone, Ramon Saúl Sánchez, presidente do Movimiento Democracia, lembrou que o regime cubano mantinha uma lei que não permitia aos seus nacionais entrarem na ilha pela via marítima.

;Quem ingressa pela via aérea é obrigado a retirar um visto, que tem prazo limitado. A Fathom não expediu as passagens a cubanos, e cremos que isso traz uma repercussão aos direitos humanos. Eu me reuni com o presidente da companhia e pedi que ele vendesse os bilhetes, sem restrição, mas ele respondeu que tinha de respeitar as leis do país de destino. Ele prometeu não negociar com Cuba, caso mantivesse a proibição de entrada;, contou ao Correio.

Em 24 de abril, Havana derrubou o veto. ;Hoje (ontem), chegamos a enviar nossa flotilha Democracia para protestar. Nós seguiríamos o Adonia até as águas territoriais de Cuba. Com o gesto de Havana, levamos mensagens saudando a retificação do direito de trânsito dos cubanos e exigindo o fim dos vistos. Queremos construir pontes, não levantar muralhas;, comentou Sánchez, cuja organização propõe a luta cívica não violenta e defende a reunificação da família cubana.