Na correria entre um ponto turístico e outro, é fácil esbarrar, no meio da rua, em uma barraquinha de quitutes locais. Quem está com pressa para chegar em algum lugar ou quem não quer gastar muito tempo e dinheiro em uma mesa de restaurante pode decidir optar pelas comidas de rua. Às vezes, o sabor agrada tanto que o prato vira o preferido do turista, e os restaurantes e bistrôs passam para segundo plano.
[SAIBAMAIS]
O Brasil tem várias opções desses quitutes; um deles é o acarajé. Por toda a sua importância cultural e histórica, fica difícil qualificar o prato como uma comida rápida de rua. O bolinho característico das oferendas aos orixás do candomblé normalmente acompanhado de vatapá, caruru e camarão seco é uma receita da África Ocidental, trazida para o Brasil pelos escravos. Nas ruas das cidades da Bahia ; e em algumas outras regiões do país ; não é difícil encontrar as baianas com seus tabuleiros, prontas para encantar a todos com o sabor do quitute.
; Quituteiras
Uma das profissões femininas mais antigas do país, o ofício das baianas do acarajé foi considerado, em 2005, como patrimônio cultural Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Em São Paulo, uma das iguarias de rua são os pastéis. Nas feiras livres espalhadas pela cidade ; como a do Pacaembu, por exemplo ;, vale a pena sentar em uma das barracas para observar o vai e vem, enquanto aprecia um pastel e um copo de caldo de cana. O Turismo destaca outros sabores fáceis de encontrar em algumas cidades ou países ao redor do mundo.
Hot dog (Nova York, EUA)
A Big Apple é marcada por seus estereótipos: táxis amarelos, as luzes da Times Square, homens engravatados andando por Wall Street. Na lista, que é enorme, também entram os carrinhos de cachorro-quente e seus guarda-chuvas bicolores. A receita é simples; pão e salsicha. Mas o turista pode ficar a vontade para completar o lanche com ketchup e mostarda.
Currywurst (Berlim, Alemanha)
Quando em Berlim, não esqueça de provar o currywurst. Andando pelas ruas da capital alemã, não é difícil encontrar um lugar que venda a salsicha de porco grelhada, temperada com curry e ketchup. O tradicional prato alemão de fast food é uma receita pós Segunda Guerra e, de tão importante para a cultura do país, tem até um museu em Berlim.
Vlaamse frites (Amsterdã, Holanda)
Batata frita e muita, mas muita, maionese: essa combinação recebe o nome de vlaamse frites, lanche comum de se ver nas mãos de transeuntes em Amsterdã, na Holanda. Apesar de ser comum nas ruas da capital dos Países Baixos, o nome vlaamse faz referência à região de Flandres, no norte da Bélgica.
Pav bhaji (Índia)
Tradicional prato indiano de fast food, o Pav Bhaji é um ensopado de vegetais, temperos e molho de tomate, mistura servida dentro de um pão. O prato começou a ser servido em 1850 para trabalhadores de Bombaim e logo se tornou comum em barracas de rua e em diversos restaurantes do país.
Baozi (China)
A origem do famoso pãozinho oriental, normalmente recheado de carne ou vegetais, vem cercada de mística. Dizem que o quitute foi criado no período chinês dos Três Reinos ; entre os anos 220 e 280 ;, por um militar, como um sacrifício para livrar seus soldados de uma praga. Hoje, várias regiões da China dão seu toque para a receita.
B;rek (Bálcãs)
Receita criada durante o Império Otomano, o salgado de massa folhada pode ser recheado de carne, queijo, espinafre ou outros vegetais. Comum na região dos Bálcãs, o prato típico tem algumas variações em países como Albânia e Bulgária.
Bunny chow (Durban, África do Sul)
Pelas ruas da cidade sul-africana é comum encontrar o prato criado por indianos. Para fazer a iguaria, basta retirar o miolo de um pedaço de pão e o rechear com carne ou curry vegetariano. Nessa receita, nenhum ingrediente é desperdiçado, por isso o miolo também é servido para molhar no caldo.
Arepas (Colômbia e Venezuela)
Preparadas pelos povos ameríndios, as panquecas feitas de farinha de milho são muito populares na Colômbia e Venezuela. As arepas, que significam milho na língua indígena da região onde hoje estão os países, podem ser servidas puras, com carne, com queijo e até com recheios doces, como geleias ; dependendo do país onde se come.
Trdelnik (Praga, República Tcheca)
Para terminar esse tour gastronômico, nada melhor que uma sobremesa muito comum em Praga, na República Tcheca. O rolinho de massa bem fina de pão é tradicionalmente coberto de açúcar e canela em pó, mas também é possível recheá-lo de Nutella, amêndoas, chocolate, entre outros. Com tantas pessoas circulando na rua, saboreando o doce, vai ser difícil resistir à receita.