Jornal Correio Braziliense

Turismo

Pantanal é destino dos apaixonados por turismo de observação

Quem é devoto da natureza pode escolher o bioma para se aventurar e conhecer o Projeto Arara Azul. Lá, é possível praticar diversas atividades e proteger o meio ambiente

O Pantanal é um lugar que dispensa explicações. Tem que sentir, vivenciar, contemplar. Apreciar a natureza leva a descobertas incríveis, como é a visita à Fundação Arara Azul, aberta aos turistas. Além de conhecer os hábitos das aves, é possível aprender sobre o trabalho realizado pelos biólogos e até participar de algumas atividades.

[SAIBAMAIS]

Já em Campo Grande dá para ver araras nas árvores do centro da cidade, garças à beira dos córregos e capivaras atravessando as ruas. Partindo da capital do estado, é pouco mais de quatro horas de viagem de carro. Na área da fundação, há pousadas com guias especializados e treinados pelo pessoal do projeto.

Ao se aproximar do reino da arara-azul, é possível ver tuiuiús, seriemas, colhereiros, garças, tamanduás, cachorros do mato, tatus e outros animais que, à beira da estrada, parecem pouco se importar com a presença dos visitantes. O ambiente é tão rico que fica quase impossível fixar o olhar em um ponto. Tudo atrai a atenção tanto de quem vai pela primeira vez quanto dos turistas frequentes.

Fora o cenário deslumbrante, ainda há as pessoas que cuidam e amam o lugar como à própria vida. Com elas, fica fácil compreender o trabalho que é feito em cada etapa e constatar a importância de preservar e proteger os animais e, portanto, o meio ambiente.

De cavalgada a safáris

Não falta o que fazer nessas terras. Além das belíssimas paisagens e a experiência única de ver muitos animais bem de perto, os turistas podem fazer cavalgadas, passeios de barco, canoagem, safári fotográfico, entre outras opções. Contudo, antes de escolher a melhor época para visitar o Pantanal, é preciso dar uma olhada no calendário das águas, pois a chuva ou a seca definem o que pode ser visto.

O período de seca vai de maio a outubro. Em julho, por exemplo, época de férias escolares em boa parte do país, as chuvas fracas sinalizam a baixa das águas e a reprodução das aves. São meses indicados para o birdwatching (observação dos pássaros) e contemplação de onças e jacarés. Os pescadores vão encontrar condições perfeitas entre os meses de agosto e outubro. A partir de novembro, época em que os peixes sobem o rio, a pesca fica proibida.

Preservação

A aventura, para os turistas, é um verdadeiro choque nos sentidos: são provocados por ruídos do mato, sons de bichos, invadidos por cheiros de flores, plantas, estimulados por texturas de árvores, pelos de animais, plumas de aves, provocados por gostos da culinária diferente e saborosa da região e arrebatados por formas curiosas e cores surpreendentes. Não poderia ter sido diferente: nas cenas que se repetem a cada dia, desde que o Pantanal é Pantanal, cada nascer do sol renova o ânimo da vida em todos os seus tons.

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Mais azul

Participe do projeto Adote um Ninho. Entre em contato com o Instituto pelo telefone (67) 3222-1205 ou pelo e-mail contato@institutoararaazul.org.br. No período reprodutivo, o padrinho vê novidades do ninho e informações do projeto, optando por batizar a ave. Ainda recebe um kit com foto e divulgação no marketing da campanha.

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Como chegar

De carro: saindo de Brasília, são 1.064 quilômetros pelo trajeto mais curto. Esse percurso é feito principalmente pela BR-060 e pode ser realizado em torno de 12h. De Campo Grande ao Pantanal, são cerca de 460km, percorridos pela BR 262.
De avião ou ônibus: diversas companhias aéreas operam voos diários para Campo Grande, Corumbá e Cuiabá, partindo das principais capitais brasileiras. Já os ônibus partem dos principais terminais brasileiros em direção às rodoviárias que dão acesso a essas cidades.

O que levar

Esteja sempre preparado para variações de temperatura, levando roupas leves e algumas mais pesadas, além de capas de chuva. Óculos escuros e protetor solar são sempre bem-vindos. Leve também medicamentos dos quais você possa precisar, pois o local é afastado dos grandes centros urbanos. Repelente é indispensável, assim como o binóculo e a câmera fotográfica.

* O repórter viajou a convite da Toyota