Ficar doente durante uma viagem é desagradável, mas ninguém está livre desse infortúnio. Fora do Brasil, cada sistema de saúde tem suas próprias regras. Cidadãos estrangeiros nem sequer têm assistência médica gratuita em alguns países ; principalmente os que não têm hospitais públicos.
Reino Unido, Canadá, Austrália, França e Suécia integram, junto com o Brasil, o pequeno grupo com sistema de saúde público e gratuito. Alguns acordos internacionais permitem o atendimento sem custo, mas onde a diplomacia não deixa a conta mais barata, há outras soluções.
Tomar vacinas, para prevenir, e contratar um seguro de viagem, para remediar, são recomendações do Ministério das Relações Exteriores para quem vai cruzar a fronteira. Informar-se sobre os surtos de doenças infecciosas no exterior no site da Organização Mundial da Saúde (OMS) é outra dica valiosa para quem vai a locais de risco.
[SAIBAMAIS]De graça
A rede pública é realidade em apenas seis países, mas há alternativas para ser atendido de graça em Cabo Verde, Itália e Portugal. Brasileiros podem usar os hospitais desses países ; e os estrangeiros, os hospitais do Brasil ;, graças a acordos recíprocos.
Em viagens de turismo, estudo ou trabalho, é possível obter receitas médicas, pedidos de exames e internações sem desembolsar nada. Basta ter um Certificado de Direito a Assistência Médica, emitido pelo Ministério da Saúde. Nos dois primeiros países, é necessário comprovar vínculo com o INSS. Saiba mais no site www.sna.saude.gov.br/cdam.
Custos reduzidos
Em países onde não há hospitais públicos, o viajante é quem paga pelos serviços médicos. No site do Ministério das Relações Exteriores, há uma lista de hospitais, clínicas e profissionais ; alguns brasileiros ; que atendem viajantes do Brasil por um preço mais em conta ou sem cobrar nada.
Nos Estados Unidos, a oferta é alta: ao menos um médico em cada estado. Há opções no mundo todo. Confira mais informações na internet: www.brasileirosnomundo.itamaraty.gov.br/temas-sociais/servico-de-saude-no-exterior.
Seguro-saúde
Ao viajar para fora do país, seja qual for, é recomendado contratar um seguro. A maioria funciona assim: o viajante arca com as despesas e depois é reembolsado. A estudante Juliana de Araújo Vaz, 16 anos, ficou doente em uma viagem à Europa em 2013 e recorreu ao serviço. Depois de ter uma convulsão em um hotel em Berlim, Alemanha, teve de ser internada por 10 dias. Os pais pagaram a conta do hospital e foram reembolsados no Brasil.
;O seguro é uma coisa muito útil, desde uma gripe a um acidente grave. Se não fosse por isso, não estaria aqui hoje;, avalia. ;A excursão continuou e meus pais e minha irmã se revezaram para cuidar de mim e conhecer a cidade;. Depois de melhorar, a jovem seguiu viagem com a família. Eles passaram pela França, por Portugal, Bélgica e Alemanha.
Urgências
Acidentes graves e hospitalizações de brasileiros são considerados emergências e devem ser comunicados ao Itamaraty. Cada país tem um telefone específico para receber as notificações. Informe-se: www.portalconsular.itamaraty.gov.br/no-exterior/plantao-consular.