Turismo

Que horas são? Descubra nos relógios mais impressionantes do planeta

O famoso Big Ben, em Londres, ficará sem funcionar por quatro anos para manutenção. Outros relógios de destaque pelo mundo, localizados em espaços públicos, contam e criam história

Rafaella Panceri - Especial para o Correio
postado em 01/09/2017 10:00

O famoso Big Ben, em Londres, ficará sem funcionar por quatro anos para manutenção. Outros relógios de destaque pelo mundo, localizados em espaços públicos, contam e criam história

O tempo importa muito em uma viagem. Chegar atrasado para participar de um evento, entrar em museus, concertos e shows ou perder um voo são perrengues a que todo viajante está sujeito. Mas prever a passagem das horas para, de alguma maneira, controlar o tempo é uma obsessão que extrapola o contexto de viagens. Faz parte da natureza humana desde a Antiguidade. Os relógios, símbolo dessa ambição humana, já tiveram várias versões ; de sol, de água, de quartzo ; e seguem intactos mesmo após as guerras mundiais.


Algumas cidades têm uma estreita relação com o tempo. Nelas, os relógios estão em evidência e são considerados monumentos. No topo de torres, em cima de pontes e em prédios históricos, construídos com todo tipo de material, inclusive flores, e ornamentados por esculturas que se movem a cada hora, eles são motivo da visita de gente do mundo inteiro.

O famoso Big Ben, em Londres, ficará sem funcionar por quatro anos para manutenção. Outros relógios de destaque pelo mundo, localizados em espaços públicos, contam e criam história

Pontualidade
O Big Ben, em Londres, é um clássico cujas badaladas são ouvidas desde 1856, na Elizabeth Tower, torre do Palácio de Westminster ; sede do governo do país. Além de ser um local por onde turistas e moradores passam com frequência, ele simboliza uma característica dita típica dos londrinos ; a pontualidade. ;Dá para perceber isso no transporte público, que sempre chega na hora e tem uma tela informando quantos minutos o metrô vai demorar para chegar. Em Londres as pessoas são muito pontuais;, relata a estudante Laura Barros Alves, 18 anos, que foi à capital do Reino Unido no ano passado e conheceu o Big Ben.

[SAIBAMAIS];O relógio é lindo, o mais bonito que já vi! Ele chama a atenção, mas confesso que é menor do que nas fotos. O lugar é extremamente cheio, principalmente no verão, mas é possível tirar fotos tranquilamente;, avalia. Sobre as badaladas, a estudante destaca o volume. ;O som é muito alto, como se fosse de uma igreja.;

Ela aproveitou que estava por lá para fazer uma visita guiada dentro do Palácio de Westminster. ;Recomendo muito esse passeio. Você pode ver as salas do Legislativo, onde tem a Câmara dos Comuns e a Câmara dos Lordes, e saber a história da rainha Elisabeth;, lembra. ;O ideal é comprar o ingresso pela internet e já agendar o dia e horário. É muito interessante, porque você entende a política de um país, as leis e como tudo funciona;. Conheça outros relógios célebres pelo mundo.


; Para saber mais
Pausa para restauração

Em funcionamento desde 1856, o Big Ben parou de funcionar em 2007 e entre 1983 e 1895, para manutenção. Em 21 de agosto deste ano, deu sua última badalada. O silêncio vai durar quatro anos, período em que a Elizabeth Tower, a esfera, as campainhas e outros mecanismos serão restaurados. Atualmente, para chegar ao topo da torre é necessário subir 334 degraus. A reforma inclui a construção de um elevador. Informações: www.parliament.uk/visiting/visiting-and-tours.

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Relógio Astronômico de Praga (República Tcheca)

Conhecido como Orloj, fica na Praça da Cidade Velha. Construído entre os séculos 15 e 16, é composto por um mostrador astronômico que indica a localização do Sol, da Lua e dos trópicos no céu. Além dela, há a Caminhada dos Apóstolos, um show que acontece a cada hora do dia. Nele, é possível ver as figuras dos seguidores de Jesus Cristo e outras esculturas em movimento. O terceiro elemento é o anel do zodíaco. O relógio tem informações sobre a Antiga Hora Boêmia (da era medieval), mostrada em números góticos, além da Hora da Europa Central e de um esqueleto ; representação da vida.

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Rathaus-Glockenspiel (Alemanha)
Localizado na Marienplatz, praça que concentra boa parte dos atrativos de Munique, o Carrillon (como também é conhecido) oferece um espetáculo cênico todos os dias ; às 11h, ao meio-dia e às 17h (no verão). A musicalidade fica por conta de 43 sinos e 32 personagens articulados, que se movem de acordo com o ritmo por 15 minutos. É a encenação do casamento entre o Duque de Wilhelm e Renata de Lorena. Os cavaleiros de azul e branco simbolizam a Bavária, e os de vermelho e branco, Lorena. Um galo de ouro, no topo do relógio, canta três vezes e bate asas para marcar o fim da performance.

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Relógio do Palácio da Justiça (França)
O relógio mais antigo de Paris tem ouro 24 quilates e duas coroas da Polônia e da França (usadas por Henry III) na sua composição. O original foi destruído e substituído em 1585, a pedido do mesmo rei. A versão atual tem flores-de-lis como símbolo da monarquia e duas figuras humanas que representam a Lei e a Justiça. O relógio fica na Conciergerie ; primeiro palácio real francês e antiga prisão da capital. Abaixo das horas, cujo centro é o Sol, é possível ler, em latim: ;esse mecanismo que divide o tempo em 12 horas perfeitas te convida à administração da justiça e ao respeito das leis;.

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Relógio de Flores (Chile)
Em uma praça pública da região de Caleta Abarca, em Viña del Mar (a 120 km de Santiago), uma das atrações mais famosas é um relógio-jardim, inaugurado em 1962 para a Copa do Mundo, quando a cidade foi uma das sedes. Os ponteiros medem três metros de comprimento cada um. As flores têm até dez centímetros de altura e desabrocham o ano inteiro, graças ao clima local, parecido com o do mediterrâneo. O relógio funciona de acordo com um sistema de satélite combinado a um mecanismo eletrônico. Quem passa por ele pode ouvir músicas diferentes a cada 15 minutos, tocadas por sinos.

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Relógio Âncora (Áustria)

Além de icônico, é resiliente ; o relógio construído entre 1911 e 1914 está intacto mesmo após os bombardeios de duas guerras mundiais. Projetado no estilo art nouveau, homenageia personagens importantes da história do país. A cada hora, um deles aparece acompanhado de uma música de fundo. As badaladas do meio-dia são as mais aguardadas pelos turistas, que se reúnem debaixo de uma ponte próxima, por onde as doze personalidades do relógio se movem juntas ; ao som de músicas clássicas de várias épocas. Para ver o espetáculo, vá à Praça Hoher Markt, em Viena.

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