Istambul permite realizar um sonho de muita gente: estar em dois lugares ao mesmo tempo. A cidade está na Euroásia. É Ocidente e Oriente ao mesmo tempo, dividida pelo Estreito de Bósforo, que liga o mar Negro ao mar de Mármara, um encontro sempre turquesa. Uma invasão de plânctons — um fenômeno em estudo — identificada neste ano, deixou a água mais azul. Sobre o estreito de Bósforo, está a ponte de Gálata e a poucos metros, a Torre de Gálata — dois lugares muito procurados para assistir ao pôr do sol.
Não dá para perder a vista da torre feita de pedra. Para chegar até o topo, a maior parte do caminho pode ser feita de elevador, apenas alguns degraus ao fim. É a melhor vista de Istambul. Sabe por quê? As pessoas podem andar de uma ponta a outra, girando em 360°, num espaço curto e disputado para as fotos. De um lado a Europa, do outro a Ásia. Depois de descer da torre, ali perto, há vários restaurantes, brechós e boutiques com peças estilosas, porém mais caras. Sair da torre e atravessar caminhando a ponte de Gálata leva até o maior centro comercial de Istambul, Sultanahmet, onde está o Gran Bazar, uma feira que vende de tudo (ouro, comida, lenço, bolsa) e o Spice Bazar, uma feira de especiarias. É onde ficam também a Basílica de Aya Sofia e vários templos, como a Mesquita Azul, construída no século XVI.
Não é azul-turquesa. Mas um dos artigos mais desejados no país é uma pedra rara, que só existe na Turquia: a zultanita. Ela muda naturalmente de cor dependendo da luz, vai do verde kiwi ao rosa escuro passando por vários tons. As lojas emitem certificados de autenticidade. Há várias joalherias na cidade em praticamente todos os bairros. Ainda mais porque presente de nascimento e casamento é considerado uma tradição séria entre os turcos. Até mesmo nas casas de câmbio, há a venda de medalhinhas de ouro — uma típica lembrança que os noivos recebem e, sim, depois vendem para somar na viagem de lua de mel ou na compra de uma casa. Os convidados presenteiam e esperam ansiosamente receber o mesmo agrado de volta quando chegar a vez de casar.
Em Istambul, tem táxi com o preço marcando no taxímetro, Uber para pedir pelo aplicativo no celular e sistema de transporte público funciona bem. O serviço de metrô-bus, ônibus que trafegam em faixas exclusivas, é 24 horas. O metrô, o trem e o veículo leve sobre trilhos fecham antes da meia-noite, mas são integrados — uma passagem vale mais que uma viagem dependendo da rota. Para os percursos na cidade, o ticket custa de R$ 2,50 a R$ 3,20. O usuário compra o cartão nas tabacarias por cerca de R$ 10 (convertidas as liras turquesas) e o abastece em alguma maquininha nas estações. Nas bancas de revista, há cartões carregados com número limitado de passagem, que só vale a pena no caso de usar o coletivo raramente.