Turismo

Um jeito diferente de se hospedar, casas de férias trazem mais conforto

Cada vez mais, o vacation home faz parte da rotina dos turistas, em um mercado que movimentou US$ 100 bilhões só no ano passado. A regra é ficar em residências, em vez dos hotéis e pousadas

Geovanna Alves*
postado em 11/08/2018 10:00

Casa em Orlando


Eis que surge o sonho de viajar para um determinado local. Pesquisa-se tudo o que tem disponível, além de se descobrir formas de economizar nessa aventura. Promoções de passagens de avião, locação de carro ou transporte público local, compra de ingressos para os passeios e alimentação em conta. A economia, porém, não precisa parar por aí: a hospedagem pode ser confortável, segura e ainda caber no bolso.

Em vez de ir para hotéis, os turistas têm buscado cada vez mais formas alternativas para hospedagem, como o aluguel de casas ou quartos por temporada. Familiares e amigos podem ser reunidos no mesmo imóvel. Assim, a economia na alimentação pode aumentar, já que é possível cozinhar em casa, além de não ter surpresas na conta na hora do check-out. O chamado vacation home tem ganhado a preferência dos viajantes: só no ano passado, o segmento movimentou US$ 100 bilhões e, segundo a Research and Markets, deve chegar a US$ 170 bilhões até 2019.

Nos Estados Unidos, em janeiro de 2016, havia mais de 100 sites especializados. De lá para cá, não param de surgir websites, blogs, aplicativos e mídias sociais focados nesse tipo de negócio. Somente os quatro maiores portais passaram, entre 2008 e 2015, de 300 mil para 3,9 milhões ofertas. Com essas ferramentas, é fácil encontrar casas mobiliadas em condomínios fechados que possuem cozinha completa, churrasqueira, piscina privativa, TV a cabo, DVD, internet, playground, entre outros.

O público brasileiro

Ilustração de homem pesquisando no computador


O CEO do site Casa na Disney, Ricardo Molina, acredita que esse crescimento se deve a um público mais familiarizado com tecnologia. Ele atua com vacation home em Orlando desde 2010 e cita o estudo da Phocuswright, de 2015, que demonstra que o público de 18 a 44 anos de idade concentra os adeptos da modalidade, principalmente norte-americanos, entre os quais 40% já se hospedaram em vacation homes. ;Entre os visitantes estrangeiros da Disney, os brasileiros só perdem em número para os canadenses e os ingleses. Mas nosso país ainda está pouco familiarizado com esse modelo;, diz.

Casa de infância de Donald Trump


O custo é uma das principais razões para a escolha desse tipo de hospedagem. Segundo Molina, um apartamento bem localizado, com espaço para seis pessoas, pode custar cerca de U$ 113 por noite, valor similar ao da diária de um quarto de hotel que acomodaria, no máximo, um casal e um filho.

Cuidados

Pessoas se cumprimentando

  • Pesquise sobre o local para onde vai viajar. Assim, fica mais fácil escolher uma casa ou quarto que tenha melhor localização. Veja se há supermercados, farmácias e comércios por perto.
  • Não confie 100% nas fotos colocadas na internet. Leia todas as referências disponíveis sobre o local que pessoas que já se hospedaram lá escreveram. Caso não tenha, peça que o dono do local te passe contatos de hóspedes anteriores.
  • Verifique se a área de lazer do condomínio ou do prédio ficará disponível para você. Às vezes, podem ser anunciadas fotos com piscinas, por exemplo, mas o uso é exclusivo do dono do apartamento.
  • Pergunte quais são os utensílios disponíveis (material de cozinha, por exemplo). Ao chegar ao local, faça uma vistoria de tudo com o proprietário. Experimente todas as torneiras, descargas, chuveiros, luzes e eletrodomésticos para que, caso algo não funcione, o proprietário veja que nada foi quebrado durante a sua presença ali.
  • Tenha o contato do proprietário disponível a todo momento.

* Estagiária sob a supervisão de Leonardo Meireles

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