Campanha surpreendente na Copa do Mundo, comemoração dos 110 anos de imigração para o Brasil e mais: Olimpíadas a caminho. O Japão não sai do foco, ainda mais com a recente visita da princesa Mako de Akishino, neta do imperador do país do Sol Nascente, a 14 cidades brasileiras. Se você estiver planejando a viagem, há vários destinos além de Tóquio ; Kyoto, Hiroshima e Nagasaki são alguns deles.
Se preferir ficar exclusivamente na capital, com seus 13 milhões de habitantes, terá uma série de passeios à escolha. A cidade é pura expressão do moderno e do desenvolvimento tecnológico. Quem aprecia história antiga deve incluir no roteiro visitas ao Palácio Imperial, cercado de jardins magníficos, e ao Bairro de Asakusa. Se a vontade for comprar, comprar e comprar, vá ao Bairro de Ginza (pronuncie ;Guinza;), o endereço do comércio de luxo, antes de escolher um ou vários dos shopping centers espalhados pela cidade.
O turista que ama natureza não pode dispensar a ida ao zoológico, no Parque de Ueno, onde a grande atração é o casal de ursos Pandas, com o bebê, que acaba de completar um ano. Então, Banzai Nippon, que, em português, quer dizer Viva o Japão!
De todas as cores
O Japão tem quatro estações bem definidas, com cores marcantes. A primavera traz o tom rosa das cerejeiras, enquanto o verão é verde, o outono, vermelho, com as folhas no chão, e o inverno, branco de neve. Os turistas apreciam muito a primavera, principalmente os meses de abril e maio, quando as chamadas sakura se encontram em plena floração. ;É a época de que mais gosto aqui. A cidade fica toda bonita, as pessoas fazem piquenique nos jardins, é espetacular. O povo daqui trabalha incessantemente, não para nunca; então, dá uma acalmada à sombra das cerejeiras;, conta um engenheiro paulista que chegou a Tóquio há cinco anos e hoje trabalha numa loja.
Não é de se estranhar que a época da floração das cerejeiras orientais e a do verão sejam períodos de grande demanda turística, o que faz subir os preços da viagem. Um passeio legal pelos tempos antigos é conhecer o Palácio Imperial, que fica perto da Estação Tóquio, uma área com muitas lojas, restaurantes e fluxo intenso de pessoas, embora na correria, sempre prontas a dar informação. Essa, sem dúvida, é uma das características dos japoneses: a atenção com o visitante.
Quem não souber indicar a direção ao turista, com certeza perguntará a outra pessoa para ajudar. E, dependendo do horário, fará questão de te levar até o destino, se você estiver com cara de meio perdido. Um espetáculo. Os mais jovens falam inglês e, no comércio, é o básico: procure, então, ser bem objetivo. Se a vontade é de ir ao banheiro, fale toillet e não restroom ou bathroom.
Morada Imperial
Mas, vamos passear no Palácio do Imperador, mesmo num dia de chuva, como ocorreu nesta viagem no início de julho. Localizado no Centro de Tóquio e onde se chega cruzando alamedas largas e arborizadas, também compostas por lago que abriga cisnes brancos, o palácio ocupa extensa área do antigo Castelo Edo, a então residência dos xoguns Tokugawa, dinastia feudal que se estabeleceu no Japão em 1603 e permaneceu até 1867. A construção sucumbiu às chamas seis anos mais tarde.
O Palácio Imperial que, de fato, é um conjunto de construções e exuberantes jardins, surge na recomposição da área, quando Tóquio substitui a antiga capital, Kyoto. Em visitas guiadas, só é possível ver os prédios típicos por fora, já que eles servem de moradia da família imperial. Aos 84 anos, o imperador Akihito, no trono há 30 anos, anunciou no ano passado que renunciará ao cargo em abril de 2019, deixando como sucessor seu filho mais velho, o príncipe Naruhito, de 57 anos. Muros de pedra e fossos rodeiam o palácio, compondo um ambiente nada parecido à vida urbana de Tóquio.
* Os jornalistas Gustavo Werneck e Marta Vieira viajaram a convite da Nippon Steel