postado em 22/05/2019 04:10
Brumadinho, em Minas Gerais, é um destino turístico que abraça todos os públicos. Desde os aventureiros, que gostam de estar perto da natureza, aos amantes de arte contemporânea e casais que querem um fim de semana romântico. A cidade, com 639,4 quilômetros quadrados (quase o dobro da capital mineira Belo Horizonte), está apta para receber turistas.
Desde o rompimento da barragem da Vale no Córrego do Feijão, que atingiu diretamente 665 pessoas, deixando 240 mortos, de acordo com levantamento da defesa Civil de Minas Gerais, o fluxo de turistas diminuiu muito na cidade. Por isso, a Associação de Turismo de Brumadinho (ATBR) criou a campanha Abrace Brumadinho que convida o público para voltar a visitar o município, afinal, com exceção do trecho afetado fisicamente pelo rompimento da barragem, os restaurantes, hotéis e pousadas estão funcionando normalmente.
O acesso à cidade se dá pelas rodovias BR 381, BR 040 e MG 040. Brumadinho fica a cerca de 800km de Brasília (de carro). É possível chegar de avião, decolando do aeroporto de Confins ou de Pampulha e depois pegando um traslado até Brumadinho, que está a 58km de Belo Horizonte. Existem serviços de transfers e taxistas realizam a corrida.
O turismo é o segundo maior motor da economia de Brumadinho e gera mais de 2.100 empregos na cidade. Desde o rompimento da barragem da Vale, em 25 de janeiro, a atividade sofreu redução e a campanha Abrace Brumadinho busca mostrar que a cidade está de braços abertos aos visitantes, com a conhecida receptividade mineira. Brumadinho é um município que conta com lindas serras em suas paisagens. Alguns trechos estão a mais de 1.200 metros de altitude, o que permite um visual panorâmico das montanhas e florestas.
A história do município começa em fins do século 17 e início do século 18, com a ocupação do Vale do Paraopeba pelos bandeirantes. Nesse período, surgiram os povoados de Piedade do Paraopeba, Aranha, São José do Paraopeba e Brumado do Paraopeba. A segunda fase histórica inicia-se com a construção do Ramal do Paraopeba e da Estação Ferroviária de Brumadinho, inaugurada em 1917, que possibilitou a vinda de muitos trabalhadores, dando, assim, origem à atual região central de Brumadinho. O nome é oriundo da antiga Vila do Brumado do Paraopeba, assim denominada em detrimento das brumas presentes na região.
A cidade abriga vários povoados, comunidades quilombolas, que recebem visitas. Entre essas estão os quilombos Marinhos e Sapé que oferecem vivências e roteiros culturais com encontros musicais, com expressões artísticas e socioculturais tradicionais.
É onde fica o Instituto Inhotim, maior museu a céu aberto da América Latina, que felizmente não foi atingido pela lama. O Inhotim guarda um dos mais relevantes acervos de arte contemporânea do mundo e uma coleção botânica que reúne espécies raras e de todos os continentes. O local mescla arte com natureza, e é internacionalmente reconhecido. Para além da arte contemporânea, Brumadinho está se tornando um pólo de artesanato, principalmente de cerâmica. Vários ceramistas e artesãos integram o circuito nacional de produção de cerâmica.
Para o presidente da ATBR, Leonardo Esteves, 34, retomar a rotina é importante para a recuperação de Brumadinho: ;Precisamos retomar a normalidade e olhar para frente, respeitando a dor de todas as famílias, mas sabendo que existe futuro, existe expectativa. É uma cidade muito bonita, com um povo muito acolhedor, que tem muito a oferecer;.
O turismo é visto como o principal caminho para que a cidade se recupere da tragédia. Para a Associação de Turismo, este é um ótimo momento para conhecer as atrações turísticas e contribuir para que o município se restabeleça. A viagem a Brumadinho pode ter vários perfis, de acordo com os gostos dos viajantes. A certeza é de que o lugar agrada a todos os públicos. O Correio dá algumas dicas para quem pretende conhecer a simpática cidade mineira. Confira!
; Viagem a covite da Associação de Turismo de Brumadinho (ATBR)
* Estagiária sob supervisão de Taís Braga