Turismo

Infinita beleza

A capital da República Checa é uma mistura perfeita de arquitetura, musicalidade e história. Em suas milenares ruas, pedras dos castelos convivem com a moderna arte de rua

Erika Manhatys*
postado em 23/08/2019 17:10
A capital da República Checa é uma mistura perfeita de arquitetura, musicalidade e história. Em suas milenares ruas, pedras dos castelos convivem com a moderna arte de rua

Encantadora, romântica, encravada em histórias milenares e berço de rica cultura. Praga é uma daquelas cidades que enchem os olhos, o coração e a alma de quem passa por suas ruas. A história da capital da República Checa guarda tesouros antiquíssimos, mas sua narrativa também traz elementos novos. Um exemplo é a formação de seu Estado, o país passou por mudanças radicais em sua constituição ao longo do último século. Após a Primeira Guerra Mundial, checos e seus vizinhos eslovacos uniram-se para a formação de uma nação mais representativa e forte. Entretanto, a Tchecoslováquia foi diluída em 1; de janeiro de 1993, pacificamente.

Dona de infinitas belezas, Praga é considerada uma das mais belas pólis europeias, título concedido desde a Idade Média. Conhecida como a ;cidade das cem cúpulas;, ela foi incluída na lista de patrimônio cultural e natural da humanidade, pela Unesco, em 1992. Os antigos castelos e torres atestam a biografia conservadíssima da região, onde, por milhares de anos, foi rota obrigatória do comércio europeu. Ela fazia parte da Boêmia, território histórico, parte do Império Sacro Romano-Germânico e principal centro comercial da Europa medieval.


Sangue e cultura

Retrocedendo mais na história de Praga, há relatos de que a área foi ocupada pelos celtas, entre os séculos IV e III antes de Cristo. Ainda foram encontrados vestígios da existência de povos dos períodos paleolítico e neolítico, entre 5 mil e 2,7 mil anos a.C. Assim como em toda a Europa, magnânimos conflitos marcaram o povo checo. Um dos mais destrutivos e trágicos, foi a Guerra dos Trinta Anos, que vitimou mais de oito milhões de pessoas, entre os anos de 1618 e 1648. As razões para a barbárie eram diversas, disputas territoriais, comerciais, dinásticas, mas, em especial, religiosas. O cristianismo via nascer brutais batalhas em seu nome, especificamente em Praga, com as duas defenestrações ocorridas em 1419 e 1618. Nas duas ocasiões, representantes do Estado foram lançados pelas janelas da sede do governo e mortos pela população.




Passado o período de guerras, Praga viu-se fortalecer dois séculos após a última defenestração. A cidade pôs fim à dominação austríaca e pôde reerguer sua economia. A partir do século XX, a capital checa incrementou sua variada indústria que abrange a produção alimentar, farmacêutica, química e têxtil. A expoente cultura também é marca de seu povo. A música clássica foi presenteada por Praga, que é berço dos compositores Antonín Leopold Dvoak e Bedich Smetana. Conterrâneo dos dois gênios musicais, considerado um dos mais influentes escritores do século XX, Franz Kafka nasceu em 1883 em uma família judia.

* Estagiária sob supervisão de Taís Braga

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