postado em 18/09/2019 04:17
Wangfujing é a rua de comércio mais movimentada de Pequim e vale uma visita. É também uma região repleta de hotéis e pequenos shoppings, mas é no comércio de rua que estão as lojas mais interessantes. Muitas delas exibem fachadas coloridas com vermelho predominante e são especializadas em guloseimas locais, como os sanduíches de jujuba, uma fruta asiática que tem semelhança com a juá nordestina, os iogurtes para serem tomados de canudinho (os chineses adoram) e os sucos extremamente adocicados.
Também há várias lojas de bugigangas para quem quiser levar lembrancinhas e uma das lojas de chá mais prestigiadas do país, a Wuyutai Tea Shop, de propriedade de um fabricante cuja família mantém plantações desde a dinastia Qing.
É na Wangfujing que se tem certeza do desenvolvimento e da capacidade de consumo da China contemporânea. A segunda maior economia do mundo viu seu PIB aumentar em 6,6% nos últimos dois anos e toca um programa que, entre 2012 e 2018, tirou cerca de 13 milhões de pessoas da pobreza. Número invejável, assim como os 3% de desemprego.
Os chineses fazem a economia girar com o consumo e na Wangfujing há de tudo: da Apple à Prada, do Hilton à Dior. E livrarias, embora nem toda leitura seja permitida no país. Sim, vale lembrar que é um regime autoritário e extremamente controlador. Recentemente, o presidente Xi Jinping conseguiu aprovar mudanças na constituição chinesa que eternizam seus poderes na presidência.