Turismo

Origens guardadas

postado em 25/09/2019 04:13


Inaugurado no mesmo ano de fundação da República Popular da China, esse museu abriga uma coleção notável de objetos importantes para a compreender as origens da província de Liaoning, mas também da China. Originalmente, funcionava no centro histórico de Shenyang, mas desde 2004 está instalado em um distrito periférico, em um prédio de arquitetura contemporânea cujas 12 salas abrigam a coleção permanente, que é dividida em 17 categorias e conta com pinturas, cerâmicas, esculturas, peças em bronze, moedas e caligrafia.

Uma das histórias mais interessantes desse museu está relacionada ao último imperador, Puyi, destituído pela revolução de 1911 e encarcerado em 1949, quando Mao Tsé Tung instaurou a República Popular da China. Puyi foi, durante décadas, considerado um traidor por ter se associado aos japoneses quando invadiram e tomaram a Manchúria, localizada na província de Liaoning. Ao fugir da Cidade Proibida, levou centenas de peças, tesouros históricos que contava salvar ou vender ao longo dos anos. Um lote de 20 peças dessa coleção foi parar no Museu da Província de Liaoning.

É lá também que está o Ten-bamboo Studio, o primeiro livro colorido de impressões em madeira da China. Essa técnica de impressão é originariamente chinesa e nasceu há mais de 2.200 anos. Nas salas dedicadas à porcelana, há uma viagem particular: cada cor, cada combinação de desenhos, assim como de formas, representavam uma dinastia e uma hierarquia na sociedade chinesa antiga. Porcelana feitas para o imperador, por exemplo, levavam cerca de três meses para ficarem prontas.

A simbologia era importante na confecção dos desenhos e muitas têm pássaros, um animal importante na cultura chinesa. Regras rígidas pautavam as confecções e cor e design obedeciam aos títulos reais. Algumas peças trazem dragões com cinco dedos, o que significava que pertenciam aos imperadores e só podiam ser usadas por eles. Funcionários podiam usar peças com dragões com quatro dedos e pessoas normais, com três dedos. Fábricas como a Jingdezhen Roayal Kilns abasteciam a dinastia Qing e precisavam seguir à risca as regras. Qianlong gostava de cores específicas e determinava, por exemplo, que a imperatriz e a rainha-mãe tinham direito a uma quantidade limitada de peças. Uma maquete bastante detalhada mostra o processo de confecção da porcelana. (NM)


Palácio Mudken

Onde viveu o imperador Qialon e suas 40 mulheres

300 edifícios
alguns menores, outros maiores e

20 átios internos
formam a estrutura do monumento



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