postado em 23/10/2019 04:30
[FOTO1]Se a Borgonha tem um lado mais cosmopolita, sobretudo com Dijon e a notoriedade de seus vinhos, a Franche-Comté permite descobrir um estilo mais voltado à natureza, com destaque para as montanhas do Jura e a parte sul do maciço dos Vosges, reservas verdes importantes, assim como a floresta de Chaux, segunda maior da França. Caminhadas a pé, a cavalo, esportes de aventura, navegação por rios e canais, pesca e observação de animais selvagens estão no cardápio em todas as estações do ano ; no inverno, é possível esquiar nos pontos mais altos do Jura (as estações de esqui Les Rousses, Métabief e Monts Jura são as principais) ou nos Vosges, na estação La Planche des Belles Filles.
Besançon é a maior cidade (e segunda de toda a região, após Dijon), com cerca de 115 mil habitantes, enquanto as outras guardam o encanto tranquilo de outros tempos, grande parte delas, com edificações medievais e vestígios galo-romanos. É muito interessante conhecer Dole, com ruelas encantadoras onde se vê, no chão, curiosas plaquinhas de metal com o desenho do ;chat perché; (algo como gato empoleirado) indicando a direção das principais atrações da cidade ; entre elas, a casa onde nasceu Louis Pasteur, um dos mais célebres cientistas da história, com pequeno museu dedicado à sua memória.
Dole é cortada por duas vias navegáveis, o Canal du Rhône au Rhin e o rio Doubs, e em suas margens flutuam barcos (péniches) que podem ser alugados ; basta uma hora de aprendizado para sair navegando, sem qualquer tipo de licença obrigatória. Empresas como a Nicols (nicols.com) oferecem seus barcos com vários roteiros pela região.
Aliás, o turismo fluvial é uma das mais fortes atrações da Borgonha-Franche-Comté, com uma série de canais e rios perfeitos para dias serenos na água, parando aqui e ali nas margens para passeios e a compra de vinhos, pães, queijos, embutidos e outras delícias típicas enquanto se sucedem vinhedos, campos floridos, bosques e pastos com vacas e ovelhas.