Turismo

A república ideal

postado em 23/10/2019 04:30
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Um carro, mapas, um caderno de viagem contendo enigmas para desvendar as etapas a seguir, com tempo cronometrado e algumas tarefas a serem cumpridas. Um rally cultural e turístico definiu o roteiro da reportagem pela nova região francesa Borgonha-Franche-Comté. O ponto de partida foi Sochaux.

Tudo bem divertido e ao mesmo tempo desafiador ; alguns enigmas eram fáceis de deduzir (ir até a cidade onde nasceu Louis Pasteur ou procurar a cruz de pedra que marca as plantações do vinho mais caro do mundo, o Romanée-Conti) e outros, nem tanto, de atrações desconhecidas até de boa parte dos franceses, como a Saline Royale ou a curiosa République de Saugeais.

É uma república de faz de conta, sem existência legal, mas mantida festivamente pelos habitantes de oito cidades da região do Jura, com presidente, secretário geral, dois alfandegários e 12 embaixadores. Nasceu em 1947 em um bar da cidade de Montbeno;t (confirmando que em bares surgem grandes ideias) e, desde então, mantém tradições típicas de uma república oficial, com cerimônias diversas e a concessão de um ;visto; a quem percorre seus caminhos.

Entre as oito cidades, está Gilley, uma das etapas do RallyeBFC, onde a reportagem parou para almoçar no Le Tuyé du Papy Gaby. Lá, entre os deliciosos salames e presuntos, quem faz as honras da casa é Madame Georgette Pourchet, a simpática presidente vitalícia da República Livre de Saugeais, neta do primeiro mandatário ;empossado; no bar em Montbeno;t, Georges Pourchet.

Com a faixa presidencial, ela fez um discurso de boas-vindas e convidou ao brinde pelos princípios dessa república ideal: paz, liberdade, comida farta para todos, bons vinhos, amizade e alegria. (JAS/MMA)



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