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A preocupação com o coronavírus ressalta a importância da proteção contra doenças que podem ser evitadas com a imunização. Entenda quais são e proteja-se

Correio Braziliense
postado em 18/03/2020 17:33

A preocupação com o coronavírus ressalta a importância da proteção contra doenças que podem ser evitadas com a imunização. Entenda quais são e proteja-se

Com a pandemia pelo coronavírus, declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o medo de viajar é inevitável. Mesmo que você não saia do Brasil, vale lembrar da importância da imunização para outras doenças. Já conferiu se as vacinas para febre amarela, hepatite A e sarampo estão em dia?

“Ao viajar para outra cidade ou país, quebramos a rotina à qual estamos acostumados e expomos nosso corpo a diferentes situações, incluindo oscilação de temperatura/clima, contato com micro-organismos até então desconhecidos, desgastes que fazem parte dos passeios que podem deixar o organismo mais suscetível a vírus e bactérias. Por isso, estar com as vacinas em dia é essencial para que as férias não se tornem um período de transtorno e preocupação”, orienta a diretora médica da Sanofi Pasteur, Sheila Homsani.


O tema é tão relevante que a Organização Mundial da Saúde (OMS) mantém atualizadas as vacinas obrigatórias ou recomendadas para diferentes regiões do mundo. Em dezembro, inclusive, a OMS determinou medidas adicionais de saúde para os viajantes em relação aos surtos de sarampo em ilhas do Pacífico, exigindo vacinação contra a doença. Conheça algumas doenças que podem ser prevenidas por vacinas, que estão no calendário de viajantes da OMS.

 

Febre Amarela


A febre amarela é transmitida por mosquitos do gênero Aedes. A doença tem diferentes níveis de gravidade e pode evoluir para óbito. Em muitos destinos internacionais, a vacina é obrigatória. Vale checar caso sua viagem seja para países da América Central, América do Sul, África e região da Indonésia. Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia e hemorragias. A imunização precisa ser feita até 10 dias antes da viagem.

Febre Tifoide

Causada pela bactéria Salmonella typhi, a vacina é recomendada para viagens a lugares com situação precária de saneamento básico, higiene pessoal e ambiental. Embora esteja praticamente extinta em países onde tais problemas foram superados, há ainda casos registrados em países em desenvolvimento na Ásia, África e América Latina. Os sintomas incluem febre alta, dores de cabeça, mal-estar geral, falta de apetite, retardamento do ritmo cardíaco, aumento do volume do baço, manchas rosadas no tronco, prisão de ventre ou diarreia e tosse seca.


Hepatite A

É uma das doenças preveníveis por vacina mais comuns de serem adquiridas durante uma viagem. A hepatite A é uma inflamação no fígado causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados com material fecal. Os principais sintomas são febre, cansaço, perda de apetite, náuseas, vômito, dores abdominais, urina escura e dores nas articulações. A doença se manifesta entre duas e quatro semanas após a infecção. A vacina pode ser encontrada em clínicas de vacinação de todo o país. Comum em várias regiões, a OMS recomenda a vacinação contra a hepatite A para grupos de alto risco, como viajantes para áreas endêmicas.

Sarampo

Após o Brasil ter sido considerado território livre da doença, em 2016, pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o vírus do sarampo voltou a circular no país em 2018 devido à não imunização, resultando num surto com mais de 13 mil casos em 2019, segundo o Ministério da Saúde.  A doença é causada por vírus e transmitida via tosse, espirro ou mesmo respiração de quem está contaminado. A vacina é a única medida eficaz contra a doença e é recomendada àqueles que não tomaram as duas doses na infância ou na adolescência. Os sintomas são similares aos de doenças respiratórias, como febre, tosse, irritação nos olhos, coriza e intenso mal-estar, além das manchas vermelhas pelo corpo, que aparecem após três dias dos primeiros sintomas.


Raiva

Doença viral transmitida pela saliva de animais contaminados, é preciso estar atento às crianças, pois elas tendem a brincar com animais e a não informar caso sejam mordidas. A vacina é uma medida de proteção que pode tranquilizar a sua viagem. Os principais sintomas são febre baixa, baba em excesso, convulsões, sensibilidade exagerada no local da mordida, perda de sensibilidade em áreas do corpo, perda de função muscular, espasmos, entorpecimento, formigamento, dor no local da mordida, agitação, ansiedade e dificuldade de engolir. A prevenção é feita por meio de vacina, que é distribuída pela rede pública de saúde. Viajantes que passarão por cavernas, regiões rurais e outros ambientes naturais devem colocar a vacinação contra raiva no checklist de viagem.


 

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