postado em 27/06/2019 04:29
A Subaru lança no Brasil a quinta geração do utilitário-esportivo Forester (guardião da floresta). Olhando para o resultado, é difícil acreditar que o modelo passou sequer por uma leve reestilização, mas talvez nem seja essa a estratégia da marca japonesa, que, apesar do pequeno volume de vendas por aqui, conta com consumidores fiéis. O modelo foi lançado mundialmente em março, durante o Salão de Nova York.
Visualmente, a reestilização foi discreta, porém, as principais modificações priorizam a segurança e a modernização tecnológica. O modelo passou a ser fabricado sobre a nova plataforma global da marca, que, de acordo com a Subaru, resultou em mais espaço. Comparado à geração anterior, aumentou a distância entre-eixos em 30mm, com isso, o espaço para as pernas, na segunda fileira de bancos cresceu em 35mm.
O modelo cresceu 3cm no comprimento (4,62 m) e no entre-eixos (2,67m). A largura aumentou 2cm (1,81m), e a altura diminuiu 5mm (1,73m). Isso resultou em mais espaço para pessoas e para bagagens, já que o porta-malas foi para 520 litros (15 a mais que o modelo de quarta geração). O assoalho do compartimento de carga fica plano em relação ao banco traseiro, quando este é rebatido. Com abertura elétrica (que ficou mais rápida), a tampa do porta-malas teve a área de abertura ampliada, facilitando o manuseio de itens volumosos.
Boxer
Má notícia para quem se empolgava com a versão que trazia motor 2.0 turbo de 240cv. É que agora o Forester traz sob o capô apenas o propulsor boxer (de cilindros contrapostos) 2.0 aspirado, com 156cv de potência e 20kgfm de torque, com direito à injeção direta de combustível. De acordo com a Subaru, esse motor foi sensivelmente aperfeiçoado e 80% das peças são novas, tendo perdido 12 quilos. Graças a isso, à adoção de sistemas com o Start Stop e à grade dianteira que se abre e fecha para melhorar a aerodinâmica, a eficiência energética foi aprimorada em 6%.
A transmissão reúne câmbio automático tipo CVT (7,8 quilos mais leve), que simula sete marchas, e tração integral permanente. Por mais que o propulsor não seja empolgante, este conjunto mecânico reúne caracterítiscas que tornam a dirigibilidade mais eficiente e bastante prazerosa. Por sua configuração, o motor boxer pode ser instalado em posição mais baixa, o que reduz o centro de gravidade do veículo, enquanto a tração integral contribui com a estabilidade.
O temperamento do veículo tem dois modos de direção, um mais voltado para o conforto e baixo consumo de combustível e outro que proporciona respostas mais rápidas. Já a tração também pode ser melhor empregada a partir do X-Mode, que agora pode ser acionado por um interruptor rotativo, também com dois modos, um para transpor terra, areia ou cascalho e outro para lama ou barro. O motorista ainda conta com o auxílio do controle de descida em declives e a retenção de veículo em rampa, que mantém o carro estático até que se acione o acelerador.